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Azeites com fraudes, mais uma vez!

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Cumprindo nossa missão de compartilhar conhecimento e experiências em segurança de alimentos, não podemos deixar de publicar a mais nova análise realizada pela Proteste em relação à qualidade e pureza dos azeites que encontramos nas gôndolas dos supermercados.

Assim como o aposentado mostrado na matéria publicada pela Proteste, eu, Silvana Chaves, sou consumidora assídua de azeites em função de ser saudável e saboroso, logo, procurar um bom azeite extra virgem é rotina normal em minhas compras, assim como nas de muitos cidadãos brasileiros. Contudo, acordei com uma notícia que me entristeceu. Produtos com fraudes mais uma vez e justamente o meu santo azeite!

Por que fiquei triste e sei que você ficará? Simplesmente descobri que comprei gato por Lebre, pois a marca que decidi experimentar de um extra virgem não é extra virgem, não é adequado para o consumo humano mas, sim, para uso industrial. Além disso foi eliminado do teste, uma vez que foi identificado fraude no mesmo.  Isso significa que ao azeite (proveniente da azeitona) foram adicionados outros óleos vegetais, o que não é permitido por lei. Dessa forma, ao adquirir um desses produtos, eu, você e nossa família consumiremos, na verdade, uma mistura de óleos longe de oferecer ao organismo as mesmas vantagens que o verdadeiro extra virgem é capaz de fornecer.

Vale lembrar que cada um dos produtos avaliados passou por três painéis de especialistas treinados pelo Conselho Oleico Internacional (COI). E, segundo eles, sete marcas avaliadas não podem ser classificadas como extra virgem.  

Veja os principais problemas apontados nesta avaliação realizada em amostras adquiridas em supermercados no mês de Junho de 2016:

  • Rotulagem de extra virgem em produto que é virgem;
  • Fraude devido uso de mistura com outros óleos vegetais;
  • Não atende padrão de Qualidade;
  • Não atende a legislação;
  • Características de azeite lampante, o qual só deve ser destinado para uso industrial;
  • Reprova em análise sensorial.

Segundo a Proteste “com exceção dos eliminados, todos os  produtos  foram  bem  ou  muito bem avaliados no quesito estado de conservação, o que indica que eles vêm sendo armazenados corretamente”. Ufa… pelo menos uma notícia boa!

Conforme mencionado na publicação da Proteste, vale destacar que azeites de boa qualidade, em condições adequadas, sofrem pouca deterioração. Já quando se trata de uma mistura de óleos, ela está mais propensa à oxidação. Ou seja, a chance de essas misturas de óleos que se dizem azeite sofrer alteração é bem maior se comparada à possibilidade de isso acontecer com um autêntico azeite.

Como colunista do Blog Food Safety Brazil e como consumidora, me sinto no direito e no dever de escrever este post como alerta e para divulgar esta triste notícia!

Veja na tabela abaixo o cenário encontrado pela análises da Proteste:

[table id=15 /]

***** Muito Bom **** Bom *** Aceitável ** Fraco * Ruim

             Boa Qualidade                    Não compre      X = Eliminado

Caso queira obter mais detalhes sobre este teste, acesse o arquivo anexado a este post e leia na íntegra a matéria da Proteste.

Um forte abraço e até a próxima!

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Tapioca: cinco marcas não passam em análise da PROTESTE

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Sal e conservantes sem necessidade, além de bactérias, foram os principais problemas encontrados

A tapioca pode ajudar a manter a forma, já que não exige gordura no preparo. Porém, análise  com nove marcas de farinhas prontas, realizada pela PROTESTE, Associação de Consumidores, mostra que você pode estar consumindo sal e conservantes sem necessidade. Os produtos A, B, C, D e E não são recomendados para compra (confira as marcas, assim como o estudo completo, aqui).

As marcas C e D trazem bactérias acima do permitido por lei, o que pode causar intoxicação alimentar. A farinha A, por exemplo, traz 36,7mg de sódio em 100g, ou seja, mais de três vezes do que o segundo maior do  teste (C, com 12mg em 100g).

Os produtos mais bem avaliados foram das marcas F, G, H e I.

Foram verificadas a qualidade dos produtos, levando-se em conta o teor da umidade da farinha e a presença de glúten, além da análise de micro-organismos. Para testar a higiene das tapiocas, foram verificados, entre outros itens, bolores, leveduras e coliformes fecais. Além disso, foram analisados se os rótulos das embalagens estavam completos, inclusive considerando a questão nutricional para constatar, por exemplo, a adição de sal e conservantes.

Diante do aumento do consumo da goma (como é conhecida  a tapioca), você pode estar colocando no prato uma tapioca fora dos padrões de segurança alimentar.

E no que se refere a alterações por micro-organismos, vimos na análise de higiene que os produtos com esses conservantes se saíram pior: C, D, A e B. Cabe ressaltar que as duas primeiras marcas apresentaram bactérias acima das quantidades permitidas.

Na avaliação da rotulagem, foram identificados ainda problemas na maioria das embalagens. Alguns fabricantes não informam, de forma clara e de fácil compreensão, que o alimento está pronto para consumo ou semipronto, como C, D, H e E.

A lista de ingredientes é outra informação que deve constar do rótulo. Neste caso, por se tratar de um produto hidratado, a água é um item obrigatório, só que isso não vem na embalagem da I, que nem traz a relação. Já a F apresenta um texto muito pequeno, quase imperceptível, além de citar na lista que apresenta “fécula de mandioca especial” (termo que não existe no mercado).

Na avaliação, foi levada em conta ainda a data de fabricação, que não é uma informação obrigatória, mas que a PROTESTE entende que faz a diferença na hora de comprar um produto mais fresco.

Apenas quatro rótulos ideais

Foi verificado também se as marcas citavam o número do lote e o modo de conservação adequado do produto, principalmente depois de abertas. Só as marcas A, G, B e H se saíram bem nesse critério.

Avaliamos ainda o nível de umidade das farinhas. Ela varia conforme o preparo da mandioca para a moagem e as condições de estocagem e climáticas. Você percebe que a goma está úmida em excesso quando forma caroços. Esse percentual de água é essencial para manter a qualidade do produto; porém, quando muito alto, pode ajudar a desenvolver fungos e bactérias. Nisso, todas as marcas se saíram bem.

E a outra boa notícia do teste se refere à ausência de glúten nas gomas. Isso porque muitas pessoas, sobretudo celíacas (intolerantes ao glúten), optam pela tapioca justamente por não conter a proteína, presente no trigo, na aveia, no centeio, na cevada e no malte.

Pedida unificação das normas

Há atualmente duas normas para diferentes grupos de alimentos, como, por exemplo, a tapioca. Elas são contraditórias em alguns aspectos microbiológicos, como higiene.

A PROTESTE solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a unificação das duas normas, na questão microbiológica; e a inclusão de parâmetros de identidade e qualidade da tapioca, como a umidade, já que hoje está sendo bastante consumida em todo o País.

Créditos de imagem: Mundo Boa Forma.

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Barra de Cereal: será que é tão saudável assim?

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Na correria do dia a dia, muitas vezes, uma das opções mais rápidas e práticas de alimentação para os lanches intermediários é a barra de cereal.

Este é um alimento fácil de carregar, não requer cuidados extremos para o acondicionamento, e pode proporcionar a saciedade suficiente para o intervalo entre uma refeição e outra.

Ao escolher a barra de cereal, geralmente consideramos alguns critérios, como sabor, quantidade de calorias, preferência por conter frutas, composição nutricional, etc..

Mas será que os produtos são tão saudáveis quanto os rótulos?

O tema rotulagem de produtos é um assunto que está em alta e é muito pertinente.

Recentemente a PROTESTE realizou testes em algumas barras de cereais e constatou que em alguns casos os rótulos são mais saudáveis que os próprios produtos.

A avaliação realizada demonstra que os teores de nutrientes declarados nas embalagens nem sempre são os mesmos que os produtos contêm.

Foram realizados testes em 12 tipos de barras de cereais nos sabores banana, aveia e mel e castanhas, o resultado mostrou que há uma diferença entre os teores nutricionais declarados nos rótulos e os que encontramos efetivamente nos produtos.

Alguns dos produtos testados apresentaram açúcar em maior quantidade do que outros ingredientes que compõem o alimento.

A diferença entre a quantidade real e a declarada é permitida, porém esta diferença não pode ultrapassar 20%.

Além da quantidade de ingredientes declarada, a categoria do produto também deve ser respeitada. Um produto light, por exemplo, não é somente aquele que tem menos gordura. Ele deve também ter 25% a menos de calorias ou nutrientes como sódio e açúcar, em relação à categoria tradicional ou a média de produtos similares.

Além da questão da rotulagem, uma constatação extremamente importante é que alguns dos itens testados contêm BHA e BHT. Estes componentes podem aumentar os teores de lipídios e gorduras no sangue, atrapalhando a absorção das vitaminas A e D pelo organismo, causando urticária e dermatite… sendo banidos já em alguns países da Europa.

Por isso, a PROTESTE pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) uma legislação mais clara sobre a classificação light de produtos alimentícios, incluindo as barras de cereais.

Créditos de imagem: Priscila Walker.

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