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Destaques do IX Encontro dos Profissionais da Garantia da Qualidade – Grand Finale

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Hoje finalizamos os destaques do IX Encontro dos Profissionais da Garantia da Qualidade.

Wilson Tamega Jr., da VISA de São Paulo, explicou em sua palestra, os conceitos das diretrizes e responsabilidades da Diretoria Colegiada – o conjunto de diretores que são os responsáveis por determinas resoluções (RDC) da ANVISA.

Wilson ponderou que a ação de vigilância é baseada na precaução e prevenção, entendendo que não existe risco zero, pois sempre há a incerteza científica. Se quiser entender mais sobre este tema, leia Assuntos regulatórios nas indústrias de alimentos: entrevista com a colunista Talita Andrade.

Sobre a responsabilidade técnica, enfatizou que os RT devem saber argumentar quando houver uma notificação, para que façam defesas de maneira adequada.

Ressaltou ainda a importância de as empresas terem auditores externos para avaliar as instalações, sem o vício do trabalho diário, podendo visualizar melhor falhas e pontos de melhorias. Importante também é controlar pragas e preparar corretamente os vestiários e sanitários para que os colaboradores consigam utilizá-los corretamente, com acessibilidade e respeito.

Por fim, convidou a todos a participar das consultas públicas e contribuir para a evolução das normas! Faça sua parte, contribua e acompanhe a agenda regulatória da ANVISA em Anvisa aprova Agenda Regulatória 2024-2025 — Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa (www.gov.br).

Em seguida, tivemos a apresentação de Luiz Fernando Oliveira, co-founder e CEO da Neoprospecta. Ele apresentou a BiomeHub, uma empresa focada em Saúde, e a Neoprospecta, o outro braço, focado em genômica para indústrias. Explicou que trabalham com big data, machine learning e sequenciamento de DNA. Trouxe o conceito de microbiologia 4.0, com IA aplicada, levando a tomada de ações rápidas.

Usando dados de sequenciamento de banco de dados de microrganismos em processos, pode-se gerar dashboards com base em risco de ocorrências de falha de higienização, redução de vida de prateleira e risco para saúde do consumidor. Com modelos de IA, focam em reduzir ou aumentar amostragens, através de modelos estatísticos e de aprendizagem de máquina, calculando o risco médio por ponto, mantendo o poder de confiança no método estatístico.

Os modelos devem ser sempre supervisionados, com inserção inicial de dados históricos e explicação para o sistema da criticidade dos patógenos ou outros perigos, para que se coloquem pesos adequados e se defina quando é possível ou não fazer reduções em planos de amostragem.

É importante lembrar que nem sempre será possível gerar redução de custos com redução de planos de coletas ou análises. Algumas vezes, como o sistema trabalha com riscos, vai apontar que é necessário fazer um aumento no plano amostral, para garantir a segurança dos alimentos.

A mesa redonda entre as principais certificadoras de indústrias de alimentos no Brasil foi muito rica!

A primeira representante foi Palova Dieter, da SQF. Esta norma começou na Austrália, em 1994, foi adquirida pelos EUA e hoje faz parte do GFSI. Está presente em mais  de 40 países, com mais de 12.000 certificados. Segundo ela, hoje existe uma demanda crescente por profissionais qualificados e com experiência em normas SQF, para implantação nas empresas, além de treinadores, auditores, supervisores técnicos e consultores.

A Fundação FMI fornece globalmente bolsas anuais para formação de auditores, que estão em falta no mercado. Mais recursos podem ser acessados em www.sqfi.com, onde pode-se encontrar check lists, dicas e outras referências para criação de procedimentos em diversos temas ligados à segurança de alimentos.

Em seguida, Juliani Arimura, representante da FSSC 22.000 no Brasil, falou sobre as normas 22.000 (para indústria e bens de consumo) e 24.000 (social).  São 15 anos de norma, com mais de 35.000 acreditados, com 6 versões, sendo a última revisão lançada em 2023.

João Stein, representante da IFS, falou sobre como impulsionar novas competências. A IFS é originária da Alemanha e desenvolve normas e programas de desenvolvimento para que seus clientes possam atingir a acreditação. Já com 10 anos no Brasil, conta com mais de 30.000 certificados. No site www.ifs-certification.com há guias para criação de competências técnicas, com temas diversos para ajudar na formação de profissionais da qualidade. É uma norma orientada a produtos e processos, com base na ISO 17065, com visão sistêmica, com auditores qualificados e processos de auditoria padronizados, com escopos específicos por tipo de produtos.

E fechando a mesa, falou Juliane Silva, representante da BRCGS – junto com a LGC Assure. A norma tem origem no Reino Unido, inicialmente foi planejada para harmonizar auditorias na cadeia de fornecimento. Ela apresentou o BRCS Professional, um programa que reconhece profissionais das empresas certificadas, que tenham competências para implementar sistema de gestão conforme as normas GFSI. Também formam consultores (mais informações aqui).

Todos trouxeram informações essenciais para quem quer se formar ou trabalhar como consultor e ou auditor!

E para fechar este evento fantástico, tivemos uma dinâmica para desvendar os pilares da motivação, com Vivaldo Staut, do EBPNL. Ele nos transportou para as bases da ciência do alto desempenho, uma reflexão super pertinente!

Certamente, foi um dos melhores eventos de que já participei! Esperamos vocês no X Encontro.

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Destaques da Conferência do GFSI 2016

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No V Encontro de Profissionais da Garantia da Qualidade – “Simplificar para Praticar”, a palestra “Destaques da Conferência do GFSI 2016”, proferida em 27/04/16 por Juliani Kitakawa, da DNVGL, compartilhou com o público presente um resumo sobre as palestras do evento ocorrido entre 29 fevereiro e 3 março de 2016 na Alemanha, em Berlim, reforçando a missão de “produzir alimentos seguros para todos os consumidores em qualquer lugar”, pois em 2000 eram 400 empresas de bens de consumo com consenso para SGSA, e hoje são por volta de 77.000 empresas certificadas em uma das normas acreditadas (BRC, IFS, SQF, FSSC 22000, GlobalGAP, entre outras), além da previsão de inclusões de agentes de vendas, varejo, serviços, equipamentos. Há atualmente também a abordagem em estabelecimentos de parcerias com governos, por exemplos, o FSMA (código sanitário do FDA), a Modernização Regulamentar Canadense e o HACCP Chinês. Outro foco foi estabelecer as competências dos auditores, gerando confiança e redução de tempo em treinamentos redundantes, através de exames por categorias, segundo protocolo, por fundação independente, para a formação e o exame sem setembro de 2016, com avaliação de competências, e, no final de 2016, credenciar os auditores.

Introduzindo o evento, como base para leigos, há participação de varejo (Metro – hoje 60% das lojas certificadas na IFS), serviços (McDonald’s) e competência do auditor das normas acreditadas pelo GFSI, com diversas plenárias, dentre elas, a harmonização global dos mercados, comunicação de crises (eventos), proteção do consumidor na nova era (visão do consumidor) e a novidade dessa versão: “Big Data” (gestão da informação, por ex.: mapeamento de genoma para Food Fraud – essa hoje faz parte de todas as normas) divididas em três seções de três, ou seja, três séries totalizando 9:

  • Regulação de mercados em mundo dividido;
  • “Chega de escândalos”, ou seja, “prepare, responda e recupere”. Por exemplo, alinhada à visão do GFSI o McDonald’s através do SQMS (padrão interno) preocupa-se com o caso “hambúrguer com carne de cavalo” no cenário global, não havendo mais a preocupação apenas pelo concorrente;
  • Hospitalidade;
  • Segurança dos orgânicos pelo risco microbiológico (consumo de insetos no futuro);
  • Guerra contra fraudes;
  • Alergênicos não intencionais;
  • “Big Data” – Gestão da Informação (acesso livre as mídias sociais (legal, físico, percepção de mídia e relações internas e externas) para aproveitar as informações. Quais barreiras para vantagens dos dados? Não está na estratégia e sim nos conhecimentos técnicos e na segurança das informações;
  • Cultura da Qualidade (valores e comportamentos) – “alimento socializa!”;
  • GFSI para pequenos empreendedores/negócios, em 3 níveis, o BPF no 1º ano, acrescido do HACCP no 2º ano e do SGSA no 3º ano (posicionamento de mercado para a empresa melhorar).

Se os consumidores estão com as empresas certificadas, o foco está no cliente com inovação, cujos desafios são manter e melhorar os sistemas, prevenir fraudes, elaborar produtos sustentáveis e rastreáveis (de onde vem?), informações de rotulagens (ex.: alergênicos), comunicar a crise aos consumidores conectados (internet na metade de 2015 com 1,4 bilhões de usuários ativos, sendo “o tempo um luxo”, portanto comprar em sites, participando de tendências e novidades, tempo de digitação e transparência), atender as expectativas das partes interessadas externas, em um elo complexo na cadeia de alimentos, desde o agricultor, a vila, a cidade, a região, o global, que possuem desafios diferentes, tais como, contaminação acidental, terrorismo, o responsável pela fraude (deliberadamente, como caso de peixes com detecção de fraudes para dar autenticidade ao alimento). Para isso, os equívocos diários são: lidar com incertezas, a visão diferente do público (intuito ou não) e da ciência (especialistas com riscos aceitáveis comparativos a média populacional). Esclarecendo, análogo a comunicação do vírus H1N1 para todas as pessoas resfriadas, que é a gripe suína que os afligem, mas somente será fornecida a vacina ao grupo de risco, ou em alimentos, o caso de E.coli O157:H7 no Canadá com 9 mortes mudando a cultura da empresa que reconheceu e mudou, não simplesmente colocando os responsáveis na cadeia.

E sua empresa, segue esse norte dado no evento em Berlim?

Fonte de imagem: DNV GL.

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V Encontro de Profissionais da Garantia da Qualidade

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A sbCTA está oferecendo a quinta edição do mais tradicional Encontro de Profissionais da Garantia da Qualidade da cadeia produtiva de alimentos, que acontecerá nos dias 27 e 28 de abril, em Campinas.

O tema base é “Simplificar para aplicar”, que busca referências de soluções no cenário de enxugamento de despesas em que se encontra grande número de empresas no momento.

A programação foi desenvolvida pela Flavor Food e contempla temas atuais de segurança dos alimentos, como atualidades do GFSI, certificação orgânica, tendências regulatórias para perigos químicos, amostragem, recolhimento e alergênicos.

:: 27/04/16 ::

8:00-8:30 Entrega de materiais;

8:30-8:50 Abertura geral e palestra: Por que simplificar? Juliane Dias, Flavor Food.;

8:50-9:50 Gestão de riscos e seus benefícios. LRQA. 9:50-10:10 – Coffe Break;

10:10-11:00 A ISO 9001:2015 e seus impactos nos sistemas de gestão; 

11:00-12:00 Destaques da conferência do GFSI 2016 em Berlin, Juliani Kitakawa, DNV;

12:00-14:00 Almoço e exposição de soluções;

14:00-14:25 Requisitos para a certificação orgânica. Carolina Manço, IBD;

14:25-14:50 Desafios na certificação de orgânicos, Jennifer Sixel, Ecocert;

14:50-15:10 Controle de resíduos de pesticidas na produção de orgânicos, Eurofins;

15:10-15:30 Discussão e perguntas;

15:30-15:50 Coffee break;

15:50-16:40 Uso racional de recursos para manutenção e melhoria de um SGSA, Fernando Ubarana, Nestlé;

16:40-17:30 Tendências regulatórias para perigos químicos. Adriana Pavesi, Unicamp.

:: 28/04/16 ::

8:30-9:20 A gestão estratégica da qualidade. Paula Pimenta, Natura;

9:20 – 10:10 O profissional da qualidade no contexto da crise econômica, Getúlio Ponce, Tekowam;

10:10- 10:30 Coffe Break;

10:30-11:20 Amostragem inteligente na gestão da qualidade, Silney Santos, 3M;

11:20-12:10 Recolhimento de alimentos: atendendo a RDC 24/15. Cíntia Malagutti, Food Safety Brazil;

12:10-14:00 Almoço e exposição de soluções;

14:00 -16:00 Painel: Alergênicos 

14:00 -14:30 Alergênicos e rotulagem. Cecília Cury. Põe no Rótulo; 

14:30-15:00 Gestão e monitoramento de rotina de alergênicos. Neogen; 

15:00-15:30 Protocolo de validação de limpeza de linha. Eurofins;

15:30-16:00 Discussão e perguntas

Para mais informações e inscrições, clique aqui.

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