Pombos, as pragas urbanas aladas!

11 min leitura

Columba livia, conhecida pelos nomes de pombo comum, pombo doméstico ou simplesmente pombo ou pomba, é uma espécie de ave da família Columbidae. Alguns as alimentam com pipocas em praças públicas, mas para os profissionais de food safety, especialmente para os que atuam com grãos, cereais, panificação e biscoitos, a imagem destas aves é bem diferente, são vistas como uma praga urbana problemática que já ganhou o apelido de “ratos com asas”.

Contudo, os ratos ao longo dos séculos não tiveram a mesma sorte que os pombos quanto à divulgação de sua imagem. Enquanto os primeiros são desde a antiguidade associados à morte, doenças e ao mal, os segundos são vistos como o símbolo da paz, da graça e do bem, porém ambos são igualmente nocivos ao homem em centros urbanos.

Talvez os ratos devessem contratar a mesma equipe de marketing pessoal dos pombos.

Ratos e pombos muitas vezes disputam alimentos nos mesmos ecossitemas urbanos, apesar de um habitar o submundo dos esgotos e frestas e o outro se acomodar em locais elevados, mas ambos se aproveitam de nosso descuido com o lixo, organização e limpeza, transmitem doenças ao homem e são igualmente pragas urbanas nocivas.

Evidências fósseis sugerem que os pombos tenham se originado no sul da Ásia, e também foram descobertos fósseis em Israel que confirmam sua existência há pelo menos 300 mil anos.

No decorrer de sua história, a espécie passou a interagir com os seres humanos, há imagens que o representam na Mesopotâmia datadas de 4.500 a.C. Com o passar do tempo, se estabeleceram ao redor do mundo, principalmente nas cidades.

Por isso, são considerados como animais sinantrópicos, e levando-se em conta que não há nenhum predador nas grandes cidades capaz de conter estas aves, somado ao fato de que sua reprodução é rápida, sua população torna-se cada vez maior nos centros urbanos. Isso representa um grave problema ambiental e ao homem. Pombos formam colônias que podem chegar a até 2 milhões de indivíduos.

Estima-se que existam 260 milhões de pombos urbanos, ou seja, o mundo tem mais pombos do que brasileiros.

Foram introduzidos pela primeira vez na América em 1606, em Port Royal, Nova Escócia, e foram trazidos para o Brasil no início do século XIX por ordem de Dom João VI com o objetivo de “enfeitar” as cidades, provavelmente tendo como inspiração a presença destas aves em cidades europeias, como Roma e Veneza.

Até recentemente e ainda em alguns locais, há uma certa benevolência com os pombos em áreas urbanas, sendo comum encontrá-los em pontos turísticos em boa parte do mundo, onde costumam ser alimentados.

Contudo, atualmente, tais atitudes são desencorajadas e existe uma repugnância crescente à presença dos pombos, justamente pelos problemas de saúde pública que podem desencadear.

Como curiosidade, há algumas peculiaridades interessantes sobre estas aves:

  1. Existem mais de 300 espécies de pombos, mas apenas 3 são comuns em áreas urbanas e apenas uma realmente é considerada uma praga problemática;
  2. A expectativa média de vida é de 3 a 5 anos quando livres e de até  15 anos quando em cativeiro, embora haja relatos de tempos de vida ainda mais longos;
  3. Os antigos egípcios já utilizavam pombos-correios. Há indícios de que o faraó Ramsés III anunciou ao povo do Egito a sua chegada ao trono por meio de pombos-correios;
  4. Na antiga Mesopotâmia, as pombas eram símbolos animais de destaque de Inanna-Ishtar, a deusa do amor, sexualidade e guerra;
  5. Na Antiguidade Clássica, as pombas eram sagradas para a deusa grega Afrodite que absorveu essa associação com pombas de Inanna-Ishtar;
  6. Pela doutrina cristã, os pais de Jesus sacrificaram pombos em seu nome após a sua circuncisão, e mais tarde, o Espírito Santo desceu sobre Jesus em seu batismo como uma pomba e, posteriormente, a “pomba da paz” tornou-se um símbolo cristão;
  7. No Islã, os pombos em geral são respeitados e favorecidos, porque acredita-se que ajudaram o profeta Maomé a distrair seus inimigos fora da caverna de Thaw’r, na grande Hégira;
  8. Em 1907, um farmacêutico alemão chamado Julius Neubronner desenvolveu câmeras para serem acopladas a pombos que deveriam tirar fotos aéreas durante o voo, pois antes disso tais imagens somente podiam ser capturadas com o uso de balões;
  9. Na década de 70, a CIA usou a mesma ideia e criou pombos com câmeras fotográficas presas ao peito para espionar o território inimigo;
  10. A arte de criar pombos-correios é chamada de columbofilia;
  11. Os pombos são capazes de voar de 80 a até 100 quilômetros por hora;
  12.  Podem voar em distâncias até 315 km sem se cansarem;
  13. Humanos têm um sistema triplo de percepção de cores, enquanto os pombos têm fotossensores e filtros de luz que podem distinguir cinco faixas de espectro, fazendo o mundo lhes parecer um caleidoscópio virtual de cores, muito mais colorido do que para nós, o que inclui enxergar espectros de ultravioleta e infravermelho;
  14. Os cientistas suspeitam que os pombos se orientam pelo campo magnético da Terra, podendo assim reencontrar lugares distantes. O fato é que possuem o melhor sentido de orientação de todo reino animal, podendo localizar os seus ninhos ou pombais a mais de 1000 km de distância;
  15. Aparentemente alguns pombos aprenderam a usar o sistema de metrô em Estocolmo, onde são vistos regularmente desde o início dos anos 90 (e não pagam passagem);
  16. Em um estudo no centro de Paris, uma pesquisadora oferecia comida aos pombos, enquanto outra os perseguia. As aves, então, começaram a evitar a que os perseguia e se sentiam atraídas pela que os alimentava, mesmo que elas estivessem usando roupas diferentes, demonstrando que são capazes de identificar pessoas;
  17. Um estudo revelou que pombos podem aprender a distinguir cada letra do alfabeto, e reconhecê-las de uma maneira muito similar à dos humanos, até mesmo confundindo certas letras que as pessoas também frequentemente confundem;
  18. Outro estudo demonstrou que os pombos têm a mesma competência matemática dos macacos rhesus, exibindo uma habilidade para aprender conceitos abstratos, diferenciar números de objetos, ordenar pares e julgar quantidades com precisão;
  19. Segundo outro estudo da Universidade de Iowa realizado em 2017, os pombos são capazes de ter pensamentos complexos, como percepção de espaço e tempo. Contudo, o que mais intrigou os pesquisadores é o fato de não possuírem lobo parietal,  parte do cérebro à qual é atribuída a capacidade de os primatas terem tais pensamentos;
  20. Um pombo de corrida foi vendido por US$ 1,9 milhão, cerca de R$ 10,3 milhões, durante um leilão na Bélgica em novembro de 2020.

Geralmente são monogâmicos e se reproduzem em qualquer época do ano, mas os períodos de pico são a primavera e o verão, e em regiões de clima tropical como o Brasil, a reprodução da espécie acontece entre 5 e 6 ninhadas por ano, sendo que dois ovos brancos são postos para incubação, que é compartilhada por ambos os pais e tem duração média de 17 a 19 dias.

Um casal de pombos, portanto, pode gerar até 12 descendentes por ano.

Os filhotes normalmente são amarelos-pálidos com manchas escuras e, francamente, são animais bem feios (tire suas próprias conclusões), que são cuidados e alimentados com o chamado “leite de bucho”, uma secreção expelida pelas aves amamentadoras, por vezes de outras pombas e o período incipiente é de 30 dias.

Já os adultos são aves bonitas, verifica-se uma grande variação no padrão de cores desse animal, havendo exemplares brancos, marrons, manchados, esverdeados e acinzentados, com nuances de brilho metálico geralmente próximo ao pescoço.

Os adultos medem em média entre 32 e 37 cm de comprimento com uma envergadura variando entre 64 e 72 cm.

Importância dos pombos para o tema food safety

Como visto, eles não são animais da fauna brasileira, sendo o que chamamos de espécie exótica, mas apesar disso e de sua grande população sem predadores naturais, os pombos são considerados animais domésticos pela Constituição Federal e são protegidos. A Lei 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, determina que maltratar, ferir ou matar estes animais seja considerado um crime ambiental e a pena pode variar de multas até cinco anos de reclusão.

Deixo aqui minha crítica a esta legislação por incluir a proteção aos pombos como sendo animais domésticos. Apesar de poder parecer bacana aos olhos dos ambientalistas, torna-se na prática um problema em termos de saúde pública, pois dificulta o combate a esta ave, que apesar da associação com a imagem do singelo pombinho branco da paz, são pragas urbanas, já que atuam como vetores disseminadores de mais de 50 doenças, das quais as mais relevantes são:

  1. Salmonelose: infecção bacteriana que causa vômito, febre e diarreia;
  2. Criptococose: micose fúngica, com alto grau de letalidade, caracterizada por lesões de pele similares a espinhas;
  3. Meningite: geralmente está associada à forma sistêmica da criptococose, ocasionando sintomas como rigidez na nuca, fraqueza, vômitos, sudorese noturna, podendo também levar a morte;
  4. Histoplasmose: doença similar à gripe, mas desencadeada por fungos, que atinge principalmente trabalhadores rurais que atuam próximo a silos e graneleiros e da construção civil, por causa da inalação de esporos;
  5. Ornitose: moléstia bacteriana cujos sinais incluem febre, arrepios, tosse e perda de apetite.

Portanto, o contato com fezes dos pombos ou sua inalação quando ressecadas representa risco à saúde humana.

Além disso, podem abrigar uma verdadeira fauna de diversos parasitas, uma vez que sediam:

  1. Hemiltos intestinais, sendo muito comuns a Capillaria e a Ascaridia columbae columbae;
  2. Ectoparasitas como os piolhos das subordens Ischnocera (Columbicola columbae e Campanulotes bidentatus compar) e Amblycera (Bonomiella columbaeHohorstiella lata e Colpocephalum turbinatum);
  3. Os ácaros Tinaminyssus melloiDermanyssus gallinaeDermoglyphus columbaeFalculifer rostratus e Diplaegidia columbae;
  4. A Pseudolynchia canariensis (hippoboscidae) conhecida como a mosca do pombo, que é um ectoparasita sugador de sangue típico de pombos, encontrado em regiões tropicais e subtropicais.

Pombos também significam um risco potencial por transportar e espalhar a gripe aviária, embora estudos recentes tenham demonstrado que os pombos adultos não são clinicamente suscetíveis à mutação mais perigosa do H5N1. Por outro lado, tem sido mostrado que são suscetíveis a outras estirpes de gripe aviária, tais como o H7N7.

Sabe-se também que é um mito que eles possam transmitir toxoplasmose diretamente a humanos, pois a única maneira de isso ocorrer seria – por hipótese  – se uma pessoa comesse a carne crua ou muito mal passada de uma ave que estivesse infectada com o Toxoplasma gondii. Então, não é de se esperar que pombos passem a doença a humanos, mas para os animais que eventualmente se alimentem de aves cruas. Contudo, sei lá, tem gente no mundo que come até morcego, não é mesmo?

Pelos mesmos motivos, deve-se evitar que pombos da rua tenham contato com animais domésticos, sobretudo com gatos, pois neste caso, tais aves farão parte de seu cardápio cruas, transmitindo então a toxoplasmose.

Fora as doenças, pombos causam um grave problema ambiental, pois competem por alimento com as espécies nativas dos ecossistemas naturais brasileiros.

Outro problema é que os pombos são capazes de danificar monumentos, estruturas fabris e edificações com suas fezes ricas em ácido úrico, uma substância corrosiva, podendo inclusive queimar a lataria dos carros. Um único pombo é capaz de produzir 2,5 quilos de fezes por ano!

Onde há infestação de pombos, há excrementos, penas e materiais usados para a confecção dos ninhos. Como eles ficam na parte alta dos edifícios, é sempre difícil realizar uma boa limpeza e higienização; com isso, pode ocorrer entupimento de calhas devido ao acúmulo de detritos nas saídas para escoamento da chuva.

É preciso atenção, pois onde há pombos há também o risco de as aves se instalarem nas caixas d´água contaminando reservatórios e, assim, transmitindo doenças.

A melhor maneira de remover fezes de pombos é lavar a área com água sanitária ou outro produto à base de cloro e não remover a sujeira a seco. Deve-se sempre adotar um meio de umedecê-las antes, justamente para evitar a inalação de poeira contaminada com esporos. Além disso, claro, lembrar-se de cobrir o nariz e a boca com uma máscara.

Logicamente trazem também prejuízos econômicos, pelas quantidades de grãos e cereais que consomem nos armazéns, silos e graneleiros e por poderem inviabilizar estoques e cargas contaminadas com suas fezes ou animais mortos.

Seus habitats incluem vários ambientes abertos e semiabertos, gostam especialmente de brechas entre penhascos e rochas costumam ser usadas para se empoleirar e reproduzirem, quando na natureza. Já em ambiente urbano, procuram locais elevados que funcionam como penhascos artificiais como edifícios com bordas acessíveis, espaços em telhados, forros, suportes de ar condicionado, janelas altas, calhas, parapeitos, treliças, e claro, estátuas.

O tipo de ninho construído é uma plataforma frágil de palha, gravetos e fezes.

Pombos alimentam-se no chão em bandos ou individualmente e suas principais fontes de nutrientes são grãos, cereais e insetos comumente encontrados na natureza. Na zona urbana, porém, o alimento mais disponível fica em locais insalubres, como os latões de lixo, que costumam conter restos de comida e bichinhos de todo tipo para saciar a fome destas aves. Assim, elas agem como vetores mecânicos e biológicos das diversas doenças já citadas.

Logicamente, se houver alimento em abundância, haverá condições favoráveis à proliferação dos pombos, por isso, as áreas de descarregamento, silos e graneleiros de trigo, milho, aveia, arroz e outros grãos, se não forem rigorosamente mantidas limpas, serão um ambiente apropriado para estas aves aumentarem sua população.

Para reduzir o número de indivíduos, a solução mais efetiva, como para qualquer praga, é intervir nos fatores que possibilitam sua sobrevivência e crescimento populacional. Portanto, reduzir a oferta de alimento, água e abrigo.

Algumas dicas para prevenir e mitigar problemas com pombos:

  1. Não deixe disponível restos de alimentos, seja em lixeiras, que devem ser mantidas sempre fechadas, ou no chão, que sempre deve estar limpo e varrido;
  2. Cuidado especial, como já dito, com áreas de descarga e armazenamento de cereais e grãos, varrendo o local a cada descarga, evitando que os pombos se aproveitem deste alimento;
  3. Não alimente os pombos em praças públicas. Entenda que isto é como alimentar ratos, pois ambos são pragas urbanas transmissoras de doenças;
  4. A simples captura e levar para longe não impede que os pombos retornem, lembre que pombos tem o melhor sentido de orientação de todo reino animal e voam mais de 300 km por dia numa boa;
  5. Mantenha a comida dos animais de estimação sempre em locais fechados e de difícil acesso às aves;
  6. Mantenha manutenção preventiva em silos, moinhos e plantas industriais, evitando vazamentos de produtos armazenados ou aberturas;
  7. Use acessórios como fios de nylon, para dificultar o equilíbrio das aves em locais onde elas costumam ficar empoleiradas, sendo que o ideal é fazer vários traçados em direções aleatórias, com uma altura média de 10 cm cada, pois isso impede que os pombos toquem a superfície;
  8. Use as chamadas espículas, que são bases com espetos pontiagudos, em locais onde os pombos possam se alojar, abrigar e construir ninhos, dificultando assim o acesso a locais de abrigo como os vãos nos telhados, calhas e treliças;
  9. Alguns trabalhos indicam algum sucesso com o uso de produtos de forte odor repelente como a naftalina ou a creolina, uma vez que também ajudam a espantar os pombos. Cuidado para isso não virar um contaminante químico em locais de armazenamento de cereais e grãos. Além dos exemplos citados, existem géis repelentes que são comercializados especificamente para este propósito;
  10. Impeça o acesso das aves colocando telas e redes de proteção em portas e janelas, com cuidado especial para impedir a entrada e aninhamento destas aves em moinhos, plantas industriais, silos e em graneleiros;
  11. Use sempre ângulos maiores que 60° nos acabamentos externos, para que os pombos não consigam montar ninhos;
  12. Em infestações severas, solicite apoio dos órgãos ambientais para captura e remoção de ninhos, para que depois seja dada uma destinação adequada, pois de acordo com a Instrução Normativa 141 do Ibama, apenas profissionais habilitados podem atuar na captura e no manejo da chamada fauna sinantrópica nociva;
  13. Há empresas especializadas que usam predadores naturais como falcões-peregrinos e gaviões treinados para dispersar e afugentar pombos de locais próximos a graneleiros e silos. Logicamente, precisam ser licenciadas para esta finalidade;
  14. Não desista: trabalhe para impedir cada local que sirva de ponto de aninhamento, inative espaços favoráveis ao pouso, não deixe nada que sirva de alimento, torne o local desatraente, e saiba que não é fácil lidar com estas pragas, requer persistente e trabalho contínuo;
  15. Veja também sobre Manejo ecológico de pombos.

No final das contas, para todas as pragas urbanas, a regra de ouro é sempre a mesma, evite os chamados 4 As, que são:

Acesso – Abrigo – Água – Alimento

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Este é um texto autoral e não reflete necessariamente a opinião da Associação Food Safety Brazil.

7 thoughts on

Pombos, as pragas urbanas aladas!

  • Rosemary Gallindo

    Conteúdo Fantástico!! PARABÉNS!!

  • Mário Carlos de Filipi

    Muito boa matéria! se me permite complementar a informação, a Instrução Normativa 141/2006 do IBAMA define o pombo doméstico (Columba livia) como sendo Fauna Sinantrópica Nociva (estando listada juntamente com ratos e outras pragas urbanas) e define ser passível de controle por pessoas físicas ou juridicas devidamente habilitadas (empresas controladoras de pragas, por exemplo). Também define o controle como: “captura de espécimes animais seguida de soltura, com intervenções de marcação, esterilização ou
    administração farmacológica; captura seguida de remoção; captura seguida de eliminação; ou eliminação direta de espécimes
    animais”. Como controlador profissional, já implementei programas de controle de pombos domésticos com instalação de gaiolas na planta da contratante inclusive. Atualmente há sistemas de afastamento por geração de campo magnético, o qual também implementamos, que uma vez instalados espantam e mantém as aves afastadas, impedindo seu pouso (não confundir com sistemas sônicos, que tem resultados muito controversos). Isso além das usuais praticas de telamento, instalação de espículas, etc .

  • Mário Carlos de Filipi

    Perdão Marco, a tela pulou a ultima parte da tua matéria e vi agora sua citação da IN 141. se considerar conveniente, desconsidere ou edite o comentario anterior.

    As ferramentas que citei são perfeitamente legais e eficazes e a solução de falcoaria, baseado nos orçamentos que tive, são quase inviáveis para a maioria das empresas .

    • Marco Túlio Bertolino

      De fato é caro uso de falcoaria, se pombos fossem simplesmente enquadrados como pragas sinatrópicas, teríamos um leque de ações de conteção mais amplo, barato e efetivo, mas… são protegidas.

  • Everton Santos

    Ótimo texto! Me tire uma dúvida: a empresa prestadora de controle de pragas pode realizar o abate conforme a IN 141/2006?

  • Mário Filipi

    Marco, a proteção dada aos pombos refere-se apenas à questão de maus tratos, como para qualquer outro animal. Um programa de controle de pombos desde-que planejado de forma a evitar sofrimento aos animais é perfeitamente possivel e legal, inclusive se prever a eliminação das aves, que deve ser realizada por um processo de eutanásia realizado por um médico veterinário, conforme os protocolo definidos pelo Conselho Federal de Medicina veterinária. O conceito de que não se pode controlar pombos porque são protegidos é cultural e equivocado. A questão é que se a opção for por captura e qualquer destinação, o planejamento deve prever questões como forma de captura, transporte e, se for o caso, eutanásia e descarte adequado das carcaças, respeitando a legislação acessória vigente.

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