Com o aumento da rotatividade dos colaboradores, a realização de treinamentos de segurança de alimentos, às vezes, é quase que um retrabalho. Mas a única coisa pior do que realizar bons treinamentos para colaboradores e depois perde-los, é não treinar seus colaboradores e mantê-los.
Ter um programa de treinamento para colaboradores na indústria de alimentos é tão importante, que foi identificado como necessidade pelo FDA nos Estados Unidos, que concluiu que a falta de capacitação dos funcionários é responsável pelo alto índice de recall e subsequentemente de doenças transmitidas por alimentos.
Em primeiro lugar, construir um efetivo programa de treinamento requer compromisso da alta direção, e o entendimento de todas as responsabilidades de trabalho que compõem um sistema de gestão de segurança de alimentos, especificamente da sua empresa, a fim de definir quais os temas necessários x cargo.
O treinamento deve transmitir às pessoas, além do conhecimento sobre o assunto, a experiência e habilidades para fazer algo, sendo apropriado para cada nível de educação, e deve ser feito de maneira que seja absorvido por cada indivíduo. Importante considerar que as ferramentas de treinamento estão mudando, e manter os colaboradores sentados na cadeira dentro de uma sala de aula, não é sempre o método mais efetivo. Treinamento “on the job” (realizados in loco, na própria atividade do colaborador) ou através do uso de computadores podem também ser boas (ou melhores) opções.
Em intervalos regulares, o programa de treinamento deve ser avaliado criticamente em relação aos objetivos, analisando a efetividade dos treinamentos e reavaliando a necessidade de adicional treinamento para determinadas pessoas.
E quais os benefícios em criar um robusto programa de treinamento?
Em geral a melhoria na qualidade e segurança dos produtos. Para o governo, pode levar a menos erros e, assim, menos recalls e a redução de doenças transmitidas por alimentos. Para a empresa, aumentar a capacidade de seus colaboradores em fabricar produtos seguros e reduzir custos operacionais devido à falta de erros, além de promover mais vendas, com a melhoria da qualidade e consistência dos produtos.
Post elaborado com base no artigo “Evaluating your obligations for employee training according to the FSMA”, publicado em julho de 2015 pela revista Food Control.
Créditos de imagem: Veler.
Rachel Sales Pinto
Gostei do post. Trabalho em uma industria que fabrica latas de aço para bebidas e é difícil fazer os colaboradores entender a importância da segurança de alimentos.
O treinamento completo é passado na integração, mas é necessário fazer treinamentos de sensibilização.
Você tem alguma sugestão de dinâmicas que posso fazer?
thiago ferreira
Olá, sou responsável pelo SGI de uma empresa de injeção de pré- formas, tínhamos uma deficiência no que se referia aos treinamentos voltado a seg. de alimentos, para isso, desenvolvi junto com a ESA um programa de treinamento chamado de DQSA (Diálogo de Qualidade e Segurança de Alimentos) , uma variação do famoso DDS, sendo medido sua efetividade através dos objetivos da qualidade, esse programa tem se mostrado eficaz nesses 15 meses de implementação, pois a área da qualidade junto com o setor de produção promovem 3 vezes ao mês esse treinamento, estreitando os “laços” entre os setores, e dando a responsabilidade da execução e controle dos assuntos as áreas críticas.