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Tradução – Documento Guia: Perda e desperdício de alimentos (FSSC 22000)

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Mais um guia foi lançado no FSSC 22000, e como não poderia deixar de ser, o Food Safety Brazil lança em primeira mão a nossa tradução deste documento. Trata-se do Documento Guia: Perda e Desperdício de Alimentos. Aproveite!

Neste link você acessa o documento original. Para acessar a nossa tradução, clique aqui.

Veja mais:
– Tradução: Requisitos Adicionais da FSSC 22000 versão 6.0 [link]

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Perda e desperdício de alimentos: sua empresa está preparada para esta gestão?

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Em 1º de abril de 2023 foi publicada a versão 6 do esquema FSSC 22.000 a ser mandatoriamente cobrada em certificações deste protocolo entre 01/04/24 até 31/03/25. Um dos requisitos adicionais desta nova versão é o 2.5.16 – Perda e desperdício de alimentos, aplicável a todas as categorias de escopo, exceto I (Produção de materiais para embalagem).

Menciona-se que “a organização deve:

a) Ter uma política e objetivos documentados detalhando a estratégia da organização para reduzir a perda e  desperdício de alimentos em sua organização e na cadeia de suprimentos relacionada;

b) Ter controles para gerenciar produtos doados a organizações sem fins lucrativos, funcionários e outras organizações; e garantir que esses produtos sejam seguros para consumo;

c) Gerenciar produtos excedentes ou subprodutos destinados à alimentação animal para evitar a contaminação desses produtos;

d) Esses processos devem atender à legislação aplicável, manter-se atualizados e não impactar negativamente a segurança de alimentos.”

A perda e desperdício na indústria de alimentos tem um papel crucial no atendimento ao Objetivo 12.3, dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, o qual visa reduzir pela metade o desperdício de alimentos e as perdas ao longo das cadeias de produção e abastecimento até 2030.

A questão é: Quais são as ações estratégicas e práticas na indústria de alimentos que podem contribuir para alcançar esse objetivo ao longo de toda a cadeia de produção, distribuição e consumo?

Respondendo a esta pergunta, aqui estão algumas abordagens que podem ser integradas:

·        Melhoria da Gestão da Cadeia de Suprimentos:

– implementar sistemas de previsão de demanda mais precisos para evitar superprodução;

– adotar tecnologias de rastreamento e monitoramento para identificar e resolver gargalos na cadeia de abastecimento;

·        Melhorar as práticas de processamento para reduzir o desperdício durante o transporte. Padrões de Qualidade e normas realistas:

– revisar e ajustar os padrões de qualidade para reduzir a rejeição de alimentos com pequenas imperfeições estéticas (afinal continuam apropriados para o consumo sob o aspecto nutricional);

– explorar a recompensa de produtos “fora do padrão” para evitar o desperdício.

·        Inovação em Embalagens e Conservação:

– desenvolver embalagens mais eficientes que estendam a validade dos alimentos utilizando tecnologias de indicadores de qualidade, adaptáveis às necessidades dos consumidores e projetadas para empilhamentos eficientes nos transportes/distribuição/armazenamento e embalagens com multifuncionalidades, tais como usadas para aquecer os alimentos em micro-ondas e após utilizadas para armazenar e transportar lanches nas residências-escolas-trabalhos.

·        Realizar doações e estabelecer parcerias eficazes:

Bancos de Alimentos: colaborar com bancos de alimentos locais, regionais ou nacionais que têm expertise em recolher, armazenar e distribuir alimentos para pessoas necessitadas. Doar produtos não vendidos, produtos com datas de validade próximas ou produtos que não atendem aos padrões de varejo, mas ainda são seguros para consumo, incluindo os refeitórios dos colaboradores de sua empresa;

Organizações de Caridade: estabelecer parcerias com organizações de caridade que operam abrigos, refeitórios comunitários e programas de assistência para fornecer alimentos diretamente às pessoas em situação de vulnerabilidade econômica-social e até humanitária;

Programas de Alimentação Escolar: doar excedentes de alimentos para escolas, onde podem ser utilizados em programas de alimentação escolar, fornecendo refeições nutritivas para crianças.

Restaurantes e Hospitais: colaborar com restaurantes, hotéis e hospitais para doar alimentos excedentes, como refeições preparadas, que ainda estão em boas condições.

Programas de Distribuição: criar programas de distribuição local para fornecer alimentos às famílias de baixa renda, idosos ou outros grupos independentes.

·        Evitar desperdícios de alimentos nos processos através de: um bom planejamento de produção, gestão de estoques eficiente, Controle de Qualidade definindo padrões de qualidade que consideram variações naturais nos alimentos e redirecionamento de excedentes, aproveitamento integral dos alimentos (folhas e talos), monitoramento da cadeia de suprimentos, sistemas de logística eficientes/informatizados, acompanhamentos de indicadores e relatórios, inovação tecnológica, treinamentos de colaboradores para melhorar a capacitação sobre o tema e criando uma cultura interna que irá se extrapolar para hábitos nas residências e quiçá na sociedade.

Vale ressaltar o papel do governo nesta ação, criando um ambiente propício por meio de regulamentações sem restrições legais aos doadores (claro, sempre prezando pela segurança dos alimentos em primeiro lugar), incentivos fiscais e programas de sensibilização. Por exemplo o Guia57_Doação de Alimentos_V1 de 2022 da ANVISA.

E então, já temos estas e outras iniciativas implementadas nas suas empresas? Contem-nos o que estão fazendo para atender este requisito do referido esquema e também ao objetivo de desenvolvimento sustentável da ONU.

3 min leituraEm 1º de abril de 2023 foi publicada a versão 6 do esquema FSSC 22.000 a ser mandatoriamente cobrada em certificações deste protocolo entre 01/04/24 até 31/03/25. Um dos requisitos adicionais […]

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O custo de um “recall” de produtos na indústria de alimentos

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Retirar um produto alimentício do mercado é muitas vezes o pior cenário para uma empresa de alimentos. O custo de notificar o público, o transporte do estoque retirado e subsequentemente a destruição do produto podem chegar rapidamente a milhões. O pior ainda é o dano irreversível que uma retirada do produto pode fazer para a reputação de uma marca sempre que um susto de saúde pública está envolvido.

Neste texto, calcularemos o custo real de um recall de produtos na indústria de alimentos, considerando como um produto pode se contaminar e o que as empresas podem fazer para evitar que isso ocorra.

As recordações ruins associadas a alimentos são uma grande ameaça para a lucratividade da marca e podem resultar em resultados catastróficos tanto para a empresa como para o consumidor.

Veja aqui os custos estimados para a retirada de um produto alimentar, com os conselhos viáveis sobre como preveni-los de devastar sua empresa.
Figura 1 - As causas comuns do Recall

No ano de 2016, o Reino Unido retirou 540 produtos do mercado, um crescimento de 24% quando comparado com o ano de 2015, quando foram retirados 437 produtos. Já nos Estados Unidos da América (USA), em 2016, 84 produtos foram retirados do mercado, e em 2015 retiraram-se 65 produtos, um crescimento de 29%.

Figura 2 - Espécies de bactérias contaminantes nos USA

 Figura 3 - Os alimentos mais afetados pelo Recall

  • O custo de um Recall

As quatro áreas afetadas diretamente pelo custo de um Recall:
Figura 4 - As quatro áreas afetadas

  • Estimativa dos custos mínimos diretos de um recall

Os custos diretos mínimos enfrentados por uma empresa durante um evento de recall podem ser estimados pelo modelo abaixo, projetado por Moisés Resende-Filho e Brian Buhr.

Figura 5 - Estimativa de custo mínimo.

  • Caso real em 2016

Em 2016, uma marca perdeu  cerca de 10 milhões de libras em farinha – cada pacote era vendido por cerca de £ 0,50. O recall aconteceu  depois de o produto ter sido associado a um surto de E. coli. Abaixo iremos representar a estimativa mínima do custo direto do recall (em libras):

Figura 15 - Custo de um casa real

  • PREÇO

Abaixo mostraremos casos reais. Usaremos a fórmula mostrada acima, mas excluiremos os nomes das marcas.

FRANGO:

Figura 8 - Icon frangoCusto médio de cada frango no varejo: $ 1.10 o kilo

Motivo da retirada: material estranho

Quantidade x preço: $ 4.152.800

Quantidade retirada: 4.568.080 kilogramas

Mínimo do custo direto:  $ 4.734.192

CACHORRO QUENTE: 

Custo médio de cada cachorro quente no varejo: $ 1.44 a unidade

Motivo da retirada: patogênico

Quantidade x preço: $ 535,680Figura 9 - Icon cachorro quente

Quantidade retirada: 372,000 kilogramas

Mínimo do custo direto: $ 610,675

  • Custos indiretos

Estes custos, dependendo das circunstâncias particulares de um evento de recall, podem ser mais significativos do que os custos diretos.

Figura 6 - Custos indiretos 

  • Onde estão os negócios mais proativos sobre controle de pragas?

Figura 7 - Países mais pro ativos no controle das pragas

  • Como pragas causam contaminação?

Pragas como ratos e baratas prosperam em ambientes alimentares como cozinhas, áreas de armazenamento ou depósito de resíduos.

BARATAS

Figura 10 - Icon Barata

As baratas causam salmonelose alimentando-se ou contaminando alimentos através de seu vômito ou fezes.

MOSCAS

Figura 11 - Icon mosca

Transmitem E.coli alimentando-se de matéria fecal, levando-as em seus corpos e depois mudando-se para áreas limpas.

PÁSSAROS

Figura 12 - Icon pássaro

Pesquisas sugerem que os pássaros podem transportar mais de 60 doenças em seus excrementos, como também 50 ectoparasitas. 

4 min leituraRetirar um produto alimentício do mercado é muitas vezes o pior cenário para uma empresa de alimentos. O custo de notificar o público, o transporte do estoque retirado e subsequentemente […]

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