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Novos documentos de orientação sobre Mitigação de Fraude Alimentar e Defesa Alimentar – V

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Hoje continuamos a série sobre o guia orientativo publicado na homepage do esquema FSSC 22.000 v.4.1. No item 2.1.4.3.3 o Plano de Food Defense deve ter todas as políticas, procedimentos e registros inclusos em um plano de defesa alimentar apoiado pela organização no seu Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos para todos os seus produtos e deve cumprir a legislação, quando aplicável.

Para implementar os requisitos da FSSC 22000 para Food Defense, uma abordagem lógica, sistemática e baseada no risco deve ser seguida. Deve-se notar que existem muitas abordagens e a FSSC deixa a escolha para as organizações. Contudo, as abordagens mais difundidas são o TACCP (PAS 96:2017 recomendada desde a versão de 2014), CARVER + Shock, FDA Food Defense Plan Builder (FDA), ORM, FMEA, dentre outras.

Para ajudar a implementar as cláusulas da FSSC 22000, recomenda-se o seguinte modo de trabalho:

1) Estabelecer uma equipe de defesa alimentar;

2) Realizar uma avaliação de ameaças, identificar e avaliar possíveis ameaças e vulnerabilidades;

3) Identificar e selecionar medidas de mitigação proporcionais;

4) Documentar a avaliação de ameaças, medidas de mitigação, verificação e gerenciamento de incidentes;

5) Desenvolver uma estratégia eficaz de treinamento e comunicação e implementar o Plano de Defesa Alimentar.

Em essência, uma abordagem de defesa de alimentos tenta responder às seguintes questões-chave:

– Quem pode querer nos atacar?

– Como eles podem fazer isso?

– Qual é o potencial impacto na saúde pública?

– Como podemos evitar que isso aconteça?

Familiarize-se com quais atributos de processamento de alimentos podem tornar seu alimento um alvo (por exemplo, grandes lotes ou facilidade de acesso podem aumentar o risco). Inclua os riscos externos (em outras partes da cadeia de fornecimento) e riscos internos (por exemplo: acesso ao local / equipamento, funcionários insatisfeitos).

É importante observar que toda ameaça identificada não será automaticamente determinada como significativa e não será exigido automaticamente que seja acompanhada por uma medida de mitigação. É importante identificar muitas ameaças possíveis, para que possam ser avaliadas. Após incidentes repetidos ou graves, uma ameaça subsequente pede uma avaliação que pode determinar que uma medida de mitigação é necessária, mudando de normal para aumentada ou crescente para excepcional.

Ao realizar a avaliação da ameaça, é permitido agrupar inicialmente os materiais (por exemplo: matérias-primas semelhantes ou produtos acabados semelhantes). Quando riscos significativos são identificados dentro de um grupo, uma análise mais aprofundada pode ser necessária.

Ao definir uma estratégia de defesa alimentar, as ameaças potenciais identificadas serão avaliadas pelo seu significado. Uma matriz de risco semelhante ao HACCP pode ser usada (exemplo: Probabilidade de ocorrência x Impacto / Consequência). Outros fatores como acessibilidade, probabilidade de detecção e reconhecibilidade podem ser usados como indicadores adicionais. Uma estratégia de prevenção para os riscos significativos deve ser desenvolvida e documentado.

A Avaliação de Ameaças deve ser realizada por uma equipe multidisciplinar com ampla gama de conhecimentos (RH, Segurança, Qualidade, I.T., Produção, Instalações).  É provável que a equipe de Defesa Alimentar seja diferente da equipe de seu sistema HACCP e ou da equipe de Vulnerabilidade à Fraude Alimentar. A composição da equipe pode evoluir ao longo do tempo conforme a compreensão da defesa evolui também. Especialistas externos podem ser necessários. O treinamento da equipe é obrigatório.

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Novos documentos de orientação sobre Mitigação de Fraude Alimentar e Defesa Alimentar – IV

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Dando continuidade à série sobre o guia orientativo publicado em abril de 2018 na homepage do esquema FSSC 22.000 v.4.1, abordaremos hoje o tema Food Defense, que é um elemento importante na proteção de seus negócios e consumidores contra as ameaças externas. Ele engloba desde uma gama de ameaças potenciais relativamente comuns até prováveis ataques terroristas. Pesquisando na web por “adulteração de produto” ou “funcionário que faz adulteração de produto” encontramos numerosos exemplos para ilustrar que a ameaça é real. Muitas vezes, a cadeia de suprimentos ou as ameaças de fabricação podem ser atenuadas para reduzir uma ampla gama de possibilidades. Por exemplo: colocar um lacre em um recipiente pode reduzir significativamente possíveis ataques intencionais.

Os Programas de Defesa Alimentar devem ser desenvolvidos para reduzir os riscos de ameaças internas e externas, protegendo seus clientes/consumidores.

O esquema FSSC 22000 v4.1 foi estendido com cláusulas relacionadas à Defesa Alimentar, embora na ISO TS 22002-1:09, capítulo 18, este tópico já tenha sido abordado. Agora, ele está alinhado com os novos requisitos do GFSI e foi levado para o nível de sistema de gestão, tornando-se parte do processo de responsabilidade de gestão.

Os novos requisitos da FSSC tornaram-se obrigatórios a partir de 1º de janeiro de 2018 incluindo esse tema na parte II – Requisitos para certificação v4.1. Deve estar em vigor um procedimento documentado para avaliação de ameaças que:

  1. a) identifica ameaças potenciais,
  2. b) desenvolve medidas de controle, e
  3. c) as prioriza contra as ameaças identificadas.

Para identificar as ameaças, a organização deve avaliar a susceptibilidade de seus produtos a potenciais ataques. Deve ainda implementar medidas de controle apropriadas para reduzir ou eliminar as ameaças.

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