Neste 4º post abordaremos “o ciclo PDCA”, pois na nova versão a norma clarifica o ciclo Plan-Do-Check-Act, tendo dois ciclos separados no padrão trabalhando em conjunto: um abrangendo o sistema de gestão (estratégico) e o outro cobrindo os princípios do HACCP (operacional). O ciclo PDCA permite que uma organização garanta que seus processos tenham recursos e gerenciamento adequados e que as oportunidades de melhoria sejam determinadas e implementadas. Resumidamente, o ciclo é descrito da seguinte forma:
– Planejar: Estabelecer os objetivos do sistema e seus processos, fornecer os recursos necessários para entregar os resultados e identificar e abordar riscos e oportunidades. O conceito de riscos e oportunidades é limitado a eventos e suas consequências relativas ao desempenho e à eficácia do SGSA. As autoridades públicas são responsáveis por abordar os riscos para a saúde pública. As organizações são obrigadas a gerenciar os riscos à segurança de alimentos e os requisitos relacionados a este processo estão estabelecidos na Cláusula 8. As opções para abordar riscos e oportunidades podem incluir: evitar riscos, assumir riscos para buscar uma oportunidade, eliminar a fonte de risco, alterar a probabilidade ou consequências, compartilhar o risco ou aceitar a presença de risco por decisão informada. As oportunidades podem levar à adoção de novas práticas (modificação de produtos ou processos), usando novas tecnologias e outras possibilidades desejáveis e viáveis para atender às necessidades de segurança de alimentos da organização ou de seus clientes;
– Fazer: implementar o que foi planejado, conforme os requisitos da cláusula 8 (Operação): |
8.1 – Planejamento e controle operacional |
8.2 – Programas de pré-requisitos (PPRs) |
8.3 – Sistema de Rastreabilidade |
8.4 – Prontidão e resposta a emergências |
8.5 – Controle de Perigo |
8.6 – Atualizando as informações especificando os PPRs e o plano de controle de perigos |
8.7 – Controle de monitoramento e medição |
8.8 – Verificação relacionada a PPRs e o plano de controle de risco |
8.9 – Controle de não conformidades de produtos e processos |
– Verificar: Monitorar e (quando relevante) medir os processos e os produtos e serviços resultantes, analisar e avaliar informações e dados das atividades de monitoramento, medição e verificação e relatar os resultados;
– Agir: Tomar ações para melhorar o desempenho, conforme necessário. A organização deve melhorar continuamente a adequação e eficácia do SGSA.
Continue nos acompanhando nessa série atual!
Imagem: SERTIFIKASI ISO 22000:2018
Nathalie Goulart Souza Leite
Abordagem simples e objetiva que contribui muito para nos atualizarmos! Grata!
Cíntia Malagutti
Bom dia Nat que bom que achou útil. Continue acompanhando demais posts da série. Abraços.
Marcos Pereira
Muito útil, poderia abordar também o check list do pas 96 ?
Grato
Cíntia Malagutti
Olá Marcos, boa noite! Sim, claro. Aguarde. Obrigada por interagir conosco. Abraços.
Isabel Vitorio
Bom dia o que uma empresa precisa ter para certificar outra em HACCP?
cintia malagutti
Olá Isabel, boa noite! Tudo bem? Se entendi a pergunta quer saber sobre o HACCP para atender a nova ISO22.000? Em tese, apenas para o caso de existir perigos significativos há a necessidade de se considerar o controle um PPRO / PCC e muitas vezes se conclui que controles em etapas iniciais podem ser classificados como PPR, visto que não são essenciais para a segurança dos alimentos, já que haverá controles eficazes posteriores. A diferença entre 2006 e 2018 é que agora fica claro que PCC tem que ser mensurável e que PPRO pode ser mensurável ou observável. Antes tínhamos PCC observáveis…Respondi? Espero que sim. Abraços.