Recentemente a FSSC 22000 publicou o Guia de Food Fraud da FSSC 22000 em português, com exemplos e expectativas do que as empresas devem implementar e como a auditoria deve ver conduzida em relação a estes requisitos.
Este é um tema bastante recorrente aqui no blog, merecendo vários posts, tais como:
Referências sobre Food Defense, Food Fraud e Cultura de Segurança de Alimentos,
IFS disponibiliza guia prático para Fraude em Alimentos.
A tradução é mais um trabalho colaborativo e totalmente voluntário realizado por colegas e leitores aqui do blog, que unidos fazem o tema da segurança dos alimentos e, neste caso, o tema das fraudes em alimentos, mais descomplicado.
O documento original encontra-se aqui, e a iniciativa das traduções foi elogiada pela FSSC 22000.
https://www.fssc22000.com/wp-content/uploads/19.0528-Guidance_Food-Fraud-Mitigation_Version-5.pdf
BAIXE AQUI O GUIA DE FOOD FRAUD.
Conheça outras traduções disponíveis:
Guia de controle de Salmonela em alimentos de baixa umidade – em português
Marcus Vinicius Pereira de Oliveira
Realmente é um assunto importante e, de certa forma polêmico, pois não cabe na própria definição de segurança dos alimentos estabelecida pela Norma ISO 22000:2018 (principal referência estrutural da FSSC 22000). Entretanto, sendo parte dos requisitos adicionais da Norma FSSC 22000, deve ser implementado.
A atenção deve ser efetuada sobre as avaliações e auditorias para se restringirem à definição estabelecida pelo GFSI e não pelos comentários em palestras e exposições. No texto “O QUE O GFSI ESPERA DE UM PROGRAMA DE FOOD FRAUD” é nítida a inconsistência entre a definição proposta e a ideia de avaliação intencionada.
Na definição do GFSI a abrangência é “ganho econômico e que podem causar impacto à saúde do consumidor” (GFSI BRv7:2017) e não sobre qualquer tipo de fraude existente nos alimentos. Cuidado com as leituras indevidas de auditores, consultores e certificadoras na extrapolação da definição de Food Fraud.
Ainda pode-se dizer que o assunto entrou na pauta sem algumas profundidades técnicas, sendo uma delas a ideia de que não existe imparcialidade para a auditoria interna de Food Fraud, exceto, se realizada por uma empresa terceira.
Precisamos avançar em segurança dos alimentos e mais, em cultura de segurança dos alimentos, porém os cuidados técnico-científicos devem ser mais profundos para não se confundirem com os desejos e necessidades comerciais dos grandes grupos empresariais e varejistas.
Juliane Dias
Olá Marcus, obrigada por participar.
Retirei o link para o post que trata das expectativas do GFSI, pois ele foi entrou no ar antes da publicação do guia. Agora as expectativas foram mais claramente apresentadas. Espero que tenha apreciado o fato de voluntários terem traduzido o guia para uso da comunidade de Food Safety.
Juliane
Ederson
Parabéns ao blog pelo trabalho.