Alguém aqui já parou para pensar em como as esteiras dos caixas dos supermercados podem ser grandes veículos de contaminações? Aquele resíduo de gelo e suco da carne que fica empoçado, frutas que entram em contato direto, embalagens de iogurtes que às vezes estão vazando… tudo isso contribui para que as esteiras possam apresentar perigos aos alimentos e riscos aos seus consumidores. Elas vão circulando, ano após ano, e podem até aparentar que estão limpas (afinal de contas, o funcionário passa aquele paninho), mas as bactérias estão lá, prontas para atacar!
O grande problema das esteiras é que elas são feitas de PVC, um material bastante durável, mas que atua como se fosse uma placa de Petri para o desenvolvimento dos microrganismos. Além disso, costumam ser porosos ou rugosos, o que dificulta bastante a higienização. Um estudo da Universidade do Michigan, nos Estados Unidos, encontrou microrganismos em 100% das esteiras avaliadas, entre coliformes, Staphylococcus aureus, bolores e leveduras.
Uma possível solução para o problema seria a instalação de coberturas antimicrobianas sobre as esteiras, que eliminam as bactérias antes que elas possam se multiplicar. E essas proteções possuem superfície não porosa, sendo de fácil limpeza.
É fundamental que os supermercados e demais pontos de venda zelem pela limpeza e organização, até mesmo como forma de atrair maior clientela e manter a fidelidade e satisfação dos atuais clientes. Será que aqui no Brasil os proprietários destes estabelecimentos pensam nisso? Será que estão preocupados efetivamente em evitar as contaminações?
Imagem: http://sindoscom.com.br/
ISABEL SILVEIRA
Oi Camila, como vai? Espero que muito bem!
Muito bom e oportuno seu texto, realmente adorei.
Ontem estive em um supermercado e observei a seguinte situação:
Ao comprar a a carne, o atendente usava luvas e todo local pareceu bem apropriado e limpo.No entanto, lembrei de um post do FSB que mostrava a lavagem do frango numa pia domiciliar e os respingos ao redor desta área.
O mesmo acontecia ontem na bancada do supermercado e também em outros locais onde as vezes compro carne: vários profissionais manipulando diferentes cortes.
Então colocam seu pedido num saquinho e te entregam.
Como estou ficando mais atenta, não peguei as embalagens na minha mão e solicitei que as colocasse num saco maior e menos manipulado.
Porém ao chegar na esteira para passar a compra, a caixa precisa tirar os saquinhos para verificar o preço, neste momento ela manipula com as mãos sem luvas os saquinhos que certamente estão com resíduos da manipulação das carnes cortadas e da bancada.
Procurei o Gerente para sugerir que as caixas utilizassem luvas para estes procedimentos, ele não me pareceu muito convencido!
Mas o fato é as esteiras são realmente locais bastante vulneráveis assim como as gôndolas, onde já vi baratas passearem e muita sujeira, neste caso tratava-se de uma rede famosa com forte presença na mídia.
Realmente ontem fiquei preocupada com a saúde da profissional que nos atendeu. Ela passa um paninho úmido na esteira, põe a mão nas embalagens de carnes, manuseia dinheiro…isso não me parece nada bom…
Um amigo nosso super bacana , microbiologista, conhecido na família carinhosamente como ” o cara mais limpo do mundo”, agora tem uma amiga conhecida em casa como ” a pessoa mais neura do mundo” e essa amiga sou eu!!Espero que em breve todos fiquem cada vez mais ” limpos e neuras ” no bom sentido, protegendo a saúde não apenas de si mesmo, mas de todos ao redor, construindo um ciclo virtuoso de conhecimento.
Obrigada!
Um abraço
Isabel
Camila Miret
Olá, Isabel, obrigada pela visita e pelo comentário. Nós todos do FSB esperamos que a cultura da higiene se dissemine cada vez mais! Abraço e boa semana!
Tereza Beatriz Oliveira
Muito oportuno o estudo da esteira de supermercado… o nível de contaminação é muito grande. Minha compras de supermercado são todas lavadas antes de entrarem nos meus armários e geladeira. Fui lavar um saco de arroz e ficou encharcado de água… aí pude perceber a quantidade de furinhos no saco… joguei tudo fora, já devia estar pra lá de contaminado.