2015 foi um ano onde tiveram início muitas mudanças para as empresas que trabalham com sistema de gestão. Tivemos neste ano a publicação da revisão das normas ISO 9001 e ISO 14001.
E para as empresas de alimentos que possuem um sistema de gestão de segurança de alimentos implementado em conjunto com algumas destas normas o que mudou? O impacto é muito grande? Como será o processo de adequação?
Bem… vou separar este assunto em duas etapas: neste post vamos falar do impacto da ISO 9001:2015 e no próximo falamos da ISO 14001.
Vou dividir a informação em 3 grandes pontos: prazos, estrutura da norma e mudança no conteúdo.
1 – Prazos:
- Até meados do primeiro semestre de 2017 as empresas ainda podem se certificar (ou recertificar) na versão da ISO 9001:2008;
- O prazo limite para a migração da norma para a versão 2015 está estabelecido para o segundo semestre de 2018, e a partir do segundo semestre de 2017 não será mais possível certificar na versão 2008 da norma.
2 – Estrutura da norma:
O comitê da ISO, visando melhorar o alinhamento das normas, definiu uma grande mudança na estrutura. Isso já aconteceu para a ISO 9001, para a ISO 14001 e vai ocorrer para a próxima revisão da ISO 22000 (que já foi iniciada) e também para a revisão da ISO 45001 que irá substituir a OHSAS 18001.
Na versão atual a norma terá uma estrutura subdividida em 10 requisitos.
- Escopo
- Referência Normativa
- Termos e Definições
- Contexto da Organização
- Liderança
- Planejamento
- Apoio
- Operação
- Avaliação de Desempenho
- Melhoria
Os requisitos com obrigações estão dispostos basicamente a partir do item 4.
3 – Resumo das mudanças no conteúdo:
Algumas mudanças foram bastante significativas no conteúdo, que podem ser avaliadas no arquivo disponibilizado para download, mas destaco alguns itens que podem ter maior interação com o Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos:
- Agora a norma exige que o sistema de gestão seja implementado e baseado em processos;
- Além disso, outra mudança significativa é que o sistema de gestão deve promover o uso da mentalidade de risco, o que é mais parecido com a análise de perigos da ISO 22000;
- A alta administração deve ser participativa no sistema de gestão, excluindo a função de RD;
- Na etapa de gestão de pessoas, não é mais obrigatória a definição de habilidades para as funções críticas do sistema de gestão;
- Também está mais claramente definido o controle para gestão de mudanças, o que vai de encontro às análises de mudança que são foco da ESA no caso do SGSA.
De uma forma geral, acredito que as mudanças foram muito positivas e irão conduzir o sistema de gestão para um patamar mais estratégico, e que agregue maior valor para a organização.
Com a mudança da estrutura, colocando todas as normas no mesmo contexto, será facilitada a integração das normas para as organizações onde há um sistema de gestão integrado implementado.
E com isso, a evolução vai trazendo a melhoria para o nosso dia a dia.
Espero que aproveitem…
Baixe aqui.
Juliana Levorato
Bom dia!
O anexo não está disponível, podem disponibilizar?
Obrigada
Fernando Fernandes
Oi, Juliana. Comigo abriu corretamente… você tentou com um navegador diferente?