Uma recente enquete de um portal brasileiro de entretenimento teve um resultado surpreendente: 52% das pessoas afirmaram que não conseguem ir ao banheiro sem o celular e outros 35% afirmaram que se o celular já estiver no bolso, usam enquanto estão no banheiro.
Até aí, nenhuma novidade, já que convivemos com germes e bactérias em maçanetas de porta, vasos sanitários e tudo mais, certo? Nem sempre! Na era da conectividade, os celulares acompanham seu dono em todas as atividades. Por exemplo, enquanto você se alimenta, seu celular fica por perto? E você resiste ao toque do Whatsapp enquanto prepara ou saboreia uma refeição?
Em 2011, o The Guardian publicou resultados de uma pesquisa que concluiu que um em cada seis aparelhos celulares britânicos estavam contaminados com E. Coli por falhas na higiene pessoal dos usuários. O estudo foi conduzido pela London School of Hygiene and Tropical Medicine and Queen Mary, University of London, e analisou 390 aparelhos celulares em 12 cidades. Ressaltou ainda que as bactérias fecais podem permanecer nas mãos e superfícies por quatro horas, dependendo das condições do ambiente, causando contaminação cruzada.
Sem alarde, mas com cuidado para o assunto, saiba que a desinfecção do aparelho é relativamente simples. Em uma matéria da revista INFO, o biólogo e pesquisador do Instituto de Biologia da USP, Paulo Zaini, confirmou que para a eliminação de bactérias o ideal é usar uma solução de álcool 70%. O procedimento consiste em, com o aparelho desligado, remover a bateria e aguardar alguns minutos. Aplicar a solução umedecendo um pano limpo sem excesso de líquido. Limpar somente a parte externa e, sob nenhuma hipótese, passar o pano nos contatos do aparelho. Depois de manter o celular ainda desligado por dez minutos, pronto! Ele estará desinfetado. Há ainda opções mais modernas no mercado que usam luz ultravioleta e garantem também a eficácia da desinfecção.
Extrapolando do âmbito domiciliar para as áreas de produção, em empresas de alimentos que permitem o uso de celular por colaboradores-chave, seria essa uma preocupação relevante? Onde os celulares ficam quando essas pessoas vão aos banheiros? Há necessidade de procedimentos e conscientização para o assunto?
Exagero ou não, vale a discussão com a equipe de segurança de alimentos, não acham?
Everton Santos
Certeza ! Sugiro utilizar um celular da empresa e este aparelho passar por higienizações frequentes.