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Requisitos de projeto sanitário do fabricante de alimentos para o fornecedor de equipamentos

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No seminário sobre projeto sanitário para a indústria de alimentos, no Ital, a palestrante Sônia Oliveira (Nestlé) abordou com muita clareza a importância da execução de um projeto sanitário para a indústria de alimentos.

O primeiro passo é ter definido o projeto em formato de check-list, pontuando tudo o que é preciso contemplar. Exemplos:  se o produto é seco, se o equipamento terá que passar por CIP para promover a limpeza ou não. Assim, faz-se o manual para poder enviar ao fornecedor, com todas as etapas que ele precisa atender em termos de desenho, performance, segurança e outros elementos pertinentes.

Para se conseguir um projeto sanitário adequado é preciso ter conhecimento técnico entre os envolvidos cliente x fornecedora. A equipe que realizará o projeto precisa ser treinada para isso, afinal um projeto não sanitário pode ter grandes consequências para o consumidor, como intoxicação/infecção alimentar, reações alérgicas e até morte.

Os equipamentos devem ser feitos por fornecedores qualificados, que atendam a todos os requisitos estipulados e tenham o compromisso de fazer um equipamento que cumpra as regras básicas de um projeto sanitário:

  • Superfícies em contato com alimento devem ser de grau alimentar (lisas, matéria não corrosiva, atóxicas e inertes);
  • Não devem ter corpos ocos em partes onde há contato direto ou potencial com alimentos;
  • Devem ser possíveis de limpar segundo os métodos de limpeza aplicados pelo cliente (CIP, manual, a seco, etc);
  • Não devem ter áreas de difícil acesso (limpeza, inspeção e manutenção);
  • Não devem levar a inclusão de materiais estranhos no produto (sem parafusos/porcas em contato direto com alimento e minimizados em locais onde possa cair o produto);
  • Devem ter desenhos simples;
  • Soldas contínuas, de preferência orbitais;
  • Coberturas de policarbonato instaladas adequadamente, para evitar trincas;
  • Onde houver risco de atrito metal com metal (partes rotativas), promover dispositivos de monitoramento rotor/carcaça (ex: detector de som);
  • Sem partes de vidros;
  • A parceria entre o cliente x fornecedor é fundamental, pois o fabricante é especialista e pode ter soluções nas quais o cliente não havia pensado.

O equipamento também precisa ter condições de manutenção (lubrificação, plano de manutenção e etc) e gestão de mudança.

Após o equipamento ter sido concluído, é necessário que se faça teste de aceitação (FAT), primeiramente na planta do fornecedor, para assegurar que o equipamento atende aos requisitos acordados. O FAT é um dos requisitos que devem estar no contrato, o objetivo é prevenir que seja entregue um equipamento que não atenda aos requisitos do cliente, afinal uma ação corretiva depois do equipamento instalado geraria um alto custo. E após a instalação é necessário que se realize o SAT (Site Acceptance Test), o teste de aceitação é feito já na planta do cliente e tem como objetivo avaliar a operabilidade do equipamento. Não basta que o projeto seja sanitário, a instalação também deve ser considerada.

Gestão de mudança deve sempre ser muito bem avaliada, pois modificações posteriores à instalação podem comprometer o projeto sanitário, ainda mais se for usado material de reposição não recomentado pelo fabricante.

Fonte: Palestra EHEDG/Sônia Oliveira (Nestlé Brasil Ltda)

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Publicações da EHEDG – Desenho sanitário de equipamentos

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Todos sabemos que equipamentos que processam alimentos devem ser sanitários e construídos de forma a não propiciar a contaminação. Mas como fazer isso? Este conhecimento hoje ainda merece ser disseminado ao longo da cadeia processadora de alimentos.

Uma rica fonte de conhecimento são as publicações da  European Hygienic Engineering & Design Group (EHEDG)

 Traduzimos aqui a relação de obras que estão disponíveis em diversos idiomas (português não incluso, infelizmente). Algumas são livres, outras devem ser adquiridas:

1 Segurança microbiológica na pasteurização contínua de alimentos líquidos

2 Um método para avaliar a limpeza in-place de equipamentos para processamento de alimentos

3  Envase microbiologicamente seguro de alimentos envasados assepticamente

4 Um método para avaliar pasteurização in-line de equipamentos para processamento de alimentos

5 Um método para avaliar a capacidade de esterilização in-line de equipamentos processadores de alimentos

6 Segurança microbiológica da esterilização térmica de líquidos em fluxo contínuo

7 Um método para avaliar a aderência bacteriana em equipamentos para processamento de alimentos

8 Critérios de desenho sanitário de equipamentos

9 Soldando aço inox para atender requisitos sanitários

10 Desenho sanitário de equipamentos fechados para o processamento de alimentos líquidos

11 Envase higiênico de produtos alimentícios

12 Tratamento térmico continuo ou semi continuo de alimentos particulados

13 Desenho sanitário de equipamentos para processamento aberto

14 Desenho sanitário de válvulas no processamento de alimentos

15 Um método para avaliar a limpeza in-place de alimentos de tamanho moderado

16 Sanitariedade de conexões para tubulação

17 Desenho sanitário de bombas, homogeneizadores e dispositivos de amortecimento.

18 Passivação de aço inox

19 Um método para avaliar a impermeabilidade bactericida de filtros de membrana hidrofóbicos

20 Desenho sanitário e uso seguro de válvulas de assento duplo tipo à prova de misturas (“mix-proof”).

21 Testes de desafios para avaliação das caracteísticas sanitárias das máquinas de envase para produtos líquidos e semi-líquidos, 2000.

22 Critérios sanitários gerais para o desenho no processamento seguro de materiais secos particulados

23 Fabricação e uso de lubrificantes de grau alimentício (veja nosso post sobre)

24 Prevenção e controle de Legionella spp. em indústrias alimentícias

25 Desenho de selos mecânicos para a aplicações higiênicas e assépticas

26 Projeto sanitário de fábricas para o processamento de material seco particulado

27 Armazenamento e distribuição segura de água em indústrias de alimentos

28 Tratamento seguro e sanitário da água em indústrias alimentícias

29 Desenho sanitário para sistemas de envase para gêneros alimentícios sólidos

30 Guia para o manejo de ar na indústria de alimentos

31 Projeto sanitário em fábricas de leito fluidizado e spray dryers

32  Materiais construtivos para equipamentos em contato com alimentos

33 Projeto sanitário para sistemas de descarte em sistemas de materiais particulados

34 Integração de sistemas higiênicos e assépticos

35 Soldas de aço inox em tubulação da indústria de alimentos

36 Projeto sanitário de sistemas de transferência para materiais secos particulados

37 Desenho sanitário e aplicação de sensores.

38 Projeto sanitário de válvulas rotativas em linhas de processamento para materiais secos particulados

 39 Princípios de desenho para equipamentos e áreas de processo para manufatura de alimentos assépticos

40 Projeto sanitário de válvulas em linhas de processo para materiais secos particulados

41 Projeto sanitário de válvulas desviadoras de fluxo para aplicação em linhas de processamento de material particulado seco.

Nós torcemos para que em breve tenhamos estes documentos em nosso idioma.

Nossos agradecimento ao João Paulo Freitas de Souza, da JBTC pelo apoio na tradução técnica.

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