A Austrália está do outro lado do mundo, mas é sempre possível aprender muito com este país que como o Brasil é tropical, e também nasceu colônia. Como contraste, claro, está no bloco dos países desenvolvidos e tem portanto sistemáticas consistentes para monitorar e prevenir surtos. Mas eles acontecem, e pelo que se extrai do relatório, em situações reincidentes.
Os dados da Autoridade de Segurança de Alimentos da New South Wales, estado mais populoso da Austrália, abarcam o período de 1995 à metade de 2008 e também fazem comparações com relatórios norte-americanos em relação ao perfil de surtos alimentares.
A contaminação cruzada, refrigeração inadequada e falhas de asseio pessoal despontam como principal causa de DTA.
A Salmonella encabeça alista de agente causal, o que é compatível com o resto do mundo, sendo que os ovos foram associados a 45% dos casos 103/228 (45%).
O uso de ovos crus ou malcozidos aparecem como fator principal de contribuição. Já as carnes são 76 em 228 incidentes , sendo metade ocasionadas por frango.
Tal como no Brasil, as causas “desconhecidas” tem importante papel no ranking, só que lá fica em segundo lugar.
O consumo de frutos do mar é importante por lá, portanto intoxicação por ciguatera é comum por causa de falhas de refrigeração, o que também acontece com Clostridium perfringens. Campylobacter é o agende causal mais comum quando se abarca outros veículos que não só alimentos.
A publicação ainda conta com um resumo das medidas preventivas para doenças de origem alimentar e a análise de dois cases de surtos.
Confira o relatório na íntegra.
Compare com os casos de surtos no Brasil até 2013.