Estava eu auditando uma fábrica de sucos pasteurizados, envasados em garrafas de vidro.
Não poderia, claro, deixar de perguntar se a empresa tinha algum procedimento específico em caso de quebra ou explosão de garrafas. A resposta foi “sim, por precaução temos e os funcionários estão treinados, mas é algo que não vejo acontecer há meses, talvez mais de ano”. Pensei com meus botões “OK, mas mesmo assim, vou entrar na sala e bater um papo com os operadores para conferir se eles vão mesmo saber o que fazer”. Me paramentei conforme o manual de BPF para entrar na sala, e eis que cumprimento o pessoal e logo vem aquele estrondo “BRUUUUUM” e cacos para todos os lados.
Toda a comitiva (pessoal de gestão que acompanha a auditoria) e mais os operadores nos primeiros segundos não paravam de olhar para mim! Diante daquelas estátuas, só disse: “Bom pessoal, fiquem à vontade para colocar em prática”. E lá foram parar a linha, limpar e segregar devidamente as garrafas. Apesar das mãos trêmulas e vozes embargadas, todos se saíram muito bem.
Mas eu juro que fui para o hotel pensando…. “Eu heim… BRUXINHA”….
Ademário Nobre
Caro, o relato é marcante, realmente em auditorias nos deparamos com situações inusitadas. Muito bom ter registrado o relato.
Sds,
Bruno
Oi galera, gostaria de saber qual a RDC, legislação ou portaria que rege a politica de vidros.. por favor, me respondam.
Marcelo Garcia
Bruno,
Obrigada pela participação!
Não temos legislação que aborde com essa denominação o cuidado com a prevenção da contaminação por vidros. O mercado brasileiro, principalmente empresas que seguem padrões internacionais de qualidade, seguem guias normativos contidos por exemplo na normal BRC e FSSC 22000.
Gabriela Pinheiro
Dizem que auditor tem uma “chama”, né?
Obrigada por compartilhar a experiência! 🙂