Um requisito bastante comum observado em processos de homologação de fornecedores da cadeia produtiva de alimentos tem sido a certificação acreditada em alguma norma reconhecida pelo GFSI.
GFSI (Global Food Safety Initiative), conforme já apresentado aqui no blog, é uma entidade sem fins lucrativos criada para promover a segurança dos alimentos globalmente. Uma das principais ações desta fundação é o reconhecimento de normas de certificação aceitas por grandes empresas da área de alimentos e varejo após um comparativo realizado com um guia de referência (GFSI Guidance Document Sixth Edition Issue 2 disponível em www.globalfoodsafetyinitiative.com).
Realizada de forma independente e imparcial, a comparação dos requisitos de sistema de gestão, BPF, controles de produto, controle de processo, análise de riscos, dentre outros, garante que todas as normas reconhecidas, mesmo não sendo iguais tenham seus fundamentos equivalentes.
Os esquemas atualmente reconhecidos são apresentados no site da entidade (http://www.mygfsi.com/about-gfsi/gfsi-recognised-schemes.html). São diversas as opções, então logo surge a dúvida: Qual esquema escolher, visto que todos atendem a necessidade do meu cliente?
O grande ponto é que agora esta decisão deixa de ser definida pelo cliente. A organização passa a poder considerar qual esquema melhor atende as suas próprias necessidades. Trata-se sem dúvida de uma decisão estratégica.
Em comum, todos os esquemas recomendados pelo GFSI abordam os seguintes tópicos:
- Política de Segurança de Alimentos
- Manual de Segurança de Alimentos
- Sistema de Gestão
- Comprometimento da Alta Direção
- Análise Crítica do Sistema (incluindo APPCC)
- Requisitos Gerais de Documentação
- Especificações
- Procedimentos
- Auditorias Internas
- Ações Corretivas
- Controle de Não Conformidades
- Liberação de Produto
- Aquisição
- Avaliação de Fornecedores
- Tratamento de Reclamação de Clientes
- Rastreabilidade e Recall
- Medidas de Controle e Monitoramento
- Análise de Produto
Apesar dos esquemas apresentarem fundamentos similares, há algumas diferenças significativas que devem ser consideradas no momento da escolha. Diante disso, fizemos um breve comparativo entre os três esquemas mais utilizados aqui no Brasil. Veja:
BRC:
- Norma revisada em 2015. Atualmente está na transição entre 6 e 7ª edição.
- Atua em três pilares: qualidade, legalidade e segurança de alimentos.
- Apresenta requisitos para implementação do Sistema de Gestão, de modo pormenorizado, apresentando claramente como proceder para que os objetivos propostos sejam atingidos.
- Norma apresentada em 7 seções (Comprometimento da Alta direção; Plano de Segurança de Alimentos; Sistema de Gestão da Qualidade e Segurança de alimentos; Padrões de instalação; Controle de produto; Requisitos de pessoal).
- Auditoria ocorre em 1 única fase.
IFS:
- Norma revisada em 2014. Atualmente está na 6ª edição.
- Atua nos pilares: qualidade em produtos e processos e segurança de alimentos.
- Apresenta requisitos para implementação do Sistema de Gestão, de modo pormenorizado, apresentando claramente como proceder para que os objetivos propostos sejam atingidos.
- Norma apresentada em 6 seções (Responsabilidade da Direção; Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos; Gestão de recursos; Planejamento e Processo de Produção; Medições, Análises e Melhorias e Food Defense e Inspeções Externas).
- Auditoria ocorre em 1 única fase.
FSSC 22000:
- Esquema revisado em 2013. Atualmente está na 3ª edição.
- Os requisitos auditáveis são distribuídos em 3 documentos: norma ISO22000, uma especificação técnica de Programa de pré-requisitos e documento da FSSC (Foundation for Food Safety Certification) contendo requisitos adicionais.
- Atua em um único pilar: segurança de alimentos.
- Apresenta requisitos para implementação do Sistema de Gestão, de modo mais genérico, sem detalhar o como proceder para que os objetivos propostos sejam atingidos. A especificação ISOTS22002 apresenta requisitos um pouco mais detalhados (específicos sobre programa de pré requisitos).
- Esquema composto pela norma ISO22000 – 8 seções (Objetivo; Referência normativa; Termos e Definição; SGSA; Responsabilidade da direção; Gestão de recursos; Planejamento e produção de produtos seguros e Validação, verificação e melhoria do SGSA); por uma especificação técnica contendo 18 ou 19 itens sendo: Construção e leiaute de edifícios e utilidades associadas; Leiaute das instalações; Suprimento de ar, água, energia e outras utilidades; Serviços de suporte, incluindo descarte de resíduos e efluentes; Adequação de equipamentos e sua acessibilidade; Gestão de materiais; Medidas de prevenção da contaminação cruzada; Limpeza e sanitização; Controle de pragas; Higiene pessoal; Disposição dos resíduos; Adequação, limpeza e manutenção dos equipamentos; Higiene Pessoal e instalações dos funcionários; Retrabalho; Processo de recolhimento dos produtos; Armazenamento; Informações do produto/ conscientização do cliente; Food defense, biovigilância e bioterrorismo e Projeto e desenvolvimento de embalagens (aplicável para indústria de embalagens) e pro 6 requisitos adicionais.
- Auditoria ocorre em 2 fases.
É bastante importante que antes da definição pelo esquema a ser adotado, a empresa estude o conteúdo dos requisitos estabelecidos em cada caso para que a decisão tomada seja assertiva e aderente ao contexto e as necessidades de cada organização. Conversar com colegas que já vivenciam a realidade de sistemas de gestão é sempre válido, mas devemos sempre nos lembrarmos que cada empresa é única. O que é bom / inadequado para uma, não necessariamente será para a outra.
Sua empresa já escolheu um esquema reconhecido pelo GFSI para implementar? Conte- nos aqui qual foi!
Caroline Nowak (IFS Office Brasil)
Bom dia Ana Claudia!
Gostaria de adicionar que a norma IFS Food 6 está na 6ª edição mas foi revisada em Abril 2014. A norma está disponível em Português. Quem tiver interesse posso enviar uma cópia gratuita pelo correio.
Atenciosamente,
Caroline Nowak
IFS Office Brasil
Email:cnowak@ifs-certification.com
Adeilson Cardoso
Ola Caroline
Tenho interesse, pode me enviar uma cópia?
Caroline Nowak
Bom dia Adeilson!
Para qual endereço posso enviar a norma pelo correio?
Adeilson C. Ferreira
Rua rio xingu, 1236, Bairro Dom bosco
CEP: 76907 806
Ji-Paraná/RO
Desde já agradeço.
Carla Arieli Rosa
Olá Caroline, tudo bem?
Gostaria de receber uma cópia da norma IFS.
Endereço: Av. Caetano Gornatti, n. 1500, complemento: Ap 13B, bairro: Engordadouro, Jundiaí – SP
CEP: 13214-661
Muito obrigada!
Shawany Tonsig
Olá Caroline, tudo bem?
Também gostaria de receber uma cópia da norma IFS.
PHYTOBIOTICS BRASIL
A/C Shawany Tonsig
Endereço: Rua José Carlos Muffato, n. 1780, Bairro: Jardim Rivieira, Cambé – PR
CEP: 86187-025
Obrigada!
Marcella
Gostaria de receber uma cópia
marcella.rodrigues@sc.senai.br
Fernanda Stefani
Nos tambem!
Ariane Monsalves
Olá,
Gostaria de receber uma cópia da norma IFS.
Av. Presidente Vargas, 2121. Sala 605. 6° Andar – Edificio Times Square,
CEP: 14020-525 – Ribeirão Preto – SP.
Obrigada
DIENIFER TAÍSE TIECKER CAVALHEIRO
olá.
Também gostaria de receber uma cópia da norma.
DIENIFER CAVALHEIRO /LATICÍNIOS BRQ LTDA
ROD 330, ENTRONCAMENTO RST 472
BAIRRO INDUSTRIAL OSVALDO TRENTIN S/N.
TENENTE PORTELA – RS
CEP: 98500-000