A Califórnia é o único lugar do mundo que tem legislação sobre acrilamida. De 2011, a PROPOR 65 define que se um alimento contiver mais do que 275 ppb do contaminante, deve-se colocar um alerta no rótulo que o produto contém acrilamida. Essa medida vale para cereais, chips, tortilhas, snacks, pipoca, biscoitos.
A Autoridade Européia de Segurança de Alimentos (EFSA) monitora desde 2007 os níveis de acrilamida em café, crackers, cereais infantis. Desde então um fenômeno interessante de auto-regulamentação do mercado está acontecendo, pois na Europa as indústrias fizeram um pacto para reduzir a acrilamida, e assim evitar a publicação de uma legislação e o estabelecimento de limites oficiais. E os valores de fato tem realmente decrescido desde que os olhos passaram a se voltar para o tema e a indústria tem estabelecido por sua conta melhorias em seus processos, matérias primas e formulações para atingir este objetivo. O mundo todo parece estar seguindo a mesma tendência: monitorar e orientar. A Agência de Saúde do Canadá publicou o Revised Exposure Assesmente of Acrylamide in Food e o FDA publicou o Guidance for Industry Acrylamide in Foods.
A ANVISA, após ser abordada pela Proteste, que identificou níveis muito discrepantes do contaminante no mercado em batata frita e também pães e biscoitos, prometeu elaborar um guia para redução da acrilamida e por hora publicou este tira-dúvidas. A tendência das agências tem sido capacitar a indústria para melhorar seus processos, e guias tem sido publicados, como falamos no post Como reduzir acrilamida em pães, biscoitos e torradas.
Assim sendo, tal qual em outros países, não há sinal de que um valor numérico com limite de acrilamida em alimentos venha a se impor por enquanto em nossa indústria. Mas atenção: em 2015 a EFSA vai publicar um novo parecer com sua visão dos riscos e pela prévia publicada na semana passada, a substância é sim considerada uma preocupação de saúde pública.
Joel Horacio
Em relação a acrilamida os fornecedores ainda estão desatento a essa nova necessidade. Até não termos uma legislação especifica publicada pela ANVISA “essa moda não pega”, mesmo pelo fato da acrilamida ter a sua molécula aprovada pelo FDA.
Digo isso por conhecer muito bem os setores que mais utilizam (usina de Açúcar), tanto é utilizado no processo de decantação como polímero ou polieletrólito ou ainda em flotadores.
Favor comentem, para saber se a mais empresas tendo dificuldade dessa analise.
Rodrigo
Pipoca atinge 120 graus para estourar?