Food defense: protecting the global food system from intentional adulteration – Neal Fredrickson. National Center for Food Protection and Defense – www.ncfpd.umn.edu
Dr Neal iniciou sua palestra fazendo uma distinção entre termos tão comumente usados – por vezes erroneamente – na área de alimentos. Você já viu a definição aqui no blog também!
Segurança de Alimentos (Food safety): reduzir os perigos naturais que ocorrem nos alimentos. Incidentes são regulares, existem processos padrão e estes são globalmente reconhecidos. Existe legislação pertinente.
Defesa de Alimentos (Food defense): reduzir a ocorrência e impacto dos ataques ao sistema de alimentos. Práticas ainda se desenvolvendo, não padrão. Não globalmente reconhecido. Apenas reconhecido como problema em algumas partes do mundo, depende do desenvolvimento e sofisticação da cadeia de alimentos.
Segurança Alimentar (Food security): Relacionada à OMS. É o objetivo mundial primordial, uma vez que há pessoas ainda passando fome.
O sistema alimentar é complexo e extremamente vulnerável à atividade criminal, através de várias ameaças.
O alimento é intimamente relacionado à nossa nutrição, processos sociais, identidade cultural. Por fim, é o que nos torna humanos. Criminosos se apoderam desta relevância para atingir seus objetivos. Alimentos contaminados podem causar má nutrição, instabilidade em uma região geográfica, doenças, pânico generalizado, levantes populares.
Comparação entre Food Safety e Food Defense | |
Food Safety | Food Defense |
Acidental | Intencional |
Falhas sistêmicas | Ataques sistêmicos |
Agentes conhecidos | Agentes desconhecidos |
Razoavelmente provável | Não provável |
Força tarefa FDA/USDA | Investigação criminal |
Baixos níveis/concentração | Altos níveis/concentração |
Potencial de dano:
- Consequências à saúde pública
- Medo na população
- Impacto econômico
- Perda de confiança e segurança alimentar da população
- Ruptura comercial
Motivações:
- Adulteração economicamente motivada: difícil de ser detectada por projeto, problemas de saúde pública potenciais. Exemplos: diluição, substituição, melhoria artificial, rotulagem incorreta, mascaramento porturário, falsificação, roubo e revenda, distribuição intencional de produto contaminado.
- Sabotagem industrial e empregados insatisfeitos. Problema: acesso interno.
- Terrorismo: criar medo, rupture do modo de vida. Problema: células existentes, que já fizeram antes (tem experiência)
- Cyber ataque: negação do serviço (como os clientes não conseguirem comprar por um website), roubo, restrição de acesso, alteração ou destruição não-autorizados de dados.
Dr Neal informa que 19% do roubo de cargas mundial está relacionado a alimentos e bebidas.
Avaliação de risco para Food Defense está na interface da vulnerabilidade, da ameaça e das consequências de um ataque.
Vulnerabilidade: é a parte em que a indústria pode mais trabalhar. Pode-se reduzir a acessibilidade e a susceptibilidade do sistema (que é a probabilidade de, caso ocorra um ataque, ele alcançar um consumidor).
O escopo da avaliação pode introduzir uma grande complexidade, como abaixo:
Planta industrial | Cadeia de Suprimentos |
Linear | Não-linear |
Simples | Complexo |
Pouca variação ao longo do tempo | Variação significativa ao longo do tempo |
Por fim, em linhas gerais, quais são os principais elementos de um plano de Food Defense:
- Estratégias amplas de mitigação
- Avaliação de vulnerabilidade
- Estratégias de mitigação focadas (serão sugeridas no novo FSMA)
- Monitoramento e verificação
- Lista de contatos (para os casos de ataque)
Dr Neal convida a todos para a Food Defense Conference, que ocorrerá em 24-25 de Maio de 2016, em, Minneapolis, EUA.
Fonte: 4o Workshop Internacional de Food Safety da FIESC