Um dos quesitos mais importantes das Boas Práticas de Fabricação é a garantia da potabilidade da água. A água tanto entra na composição de grande parte dos alimentos como é usada na higienização de superfícies, para transporte de produtos, limpeza de alimentos e para ingestão do pessoal da planta – ou seja, seu controle é crucial para um bom gerenciamento da segurança de alimentos.
Após ter montado um sistema de tratamento, armazenamento e distribuição de água, a empresa precisa avaliar a sua eficiência através de uma amostragem coerente, definindo pontos de coleta de água. A questão é: onde coletar a água?
- Se o objetivo é avaliar se a cloração e armazenamento estão gerando água potável, um ponto bastante claro é logo na saída da caixa d’água, antes de começar o percurso na fábrica.
- Para avaliar se a água circula dentro dos padrões de potabilidade por toda a fábrica, pode-se eleger como segundo ponto de coleta o ponto crítico – ou seja: o mais distante da cloração. Se for possível fazer apenas uma análise completa de potabilidade, este deve ser o ponto eleito. Mas não fique com apenas uma análise por ano – há muita flutuação da qualidade da água para se basear em apenas uma análise anual.
- Entre a caixa d’água e o ponto mais distante, há metros e metros de tubulação, que também devem ser avaliados. Colocar alguns pontos de coleta intermediários entre a caixa d’água e o ponto mais distante é uma boa prática, pois no caso de alteração nas análises, pode-se restringir a distância de canos a ser inspecionada.
- Caso o sistema de distribuição seja ramificado, é uma boa ideia ter pontos de coleta no final de cada linha – para avaliar a tubulação de todas as linhas.
Você tem o mapa atualizado de tubulações da sua empresa? Comece por aí o seu zoneamento de pontos de coleta de água.
Se você precisa de mais informações sobre qualidade de água, um bom artigo pode ser encontrado na Food Safety Magazine, aqui.
marcos
Correto, só gostaria de dizer que pela legislaação atual, todo hipoclorito utilizado deve ter aprovação da ANVISA e qualquer produto químico utilizado no tratamento de água para consumo humano deve atender a norma ABNT NBR 15784 (24/02/2014)
Diego Garcia
Vale lembrar também que as linhas de vapor (que entram em contanto com o produto) devem ser levadas em conta..
Hernandes
GOSTARIA DE SABER QUANTOS PONTOS DE COLETA TEM QUE SER ANALISADO PARA DAR CREDIBILIDADE PARA O LOCAL QUE POSSUI APENAS 1 POÇO, 1 CISTERNA E 1 CAIXA ELEVADA
Marcia
Cristina, bom dia!
Uma dúvida, faz sentido fazermos amostragem em bebedouros de água? Quando há resultados de cloro residual abaixo de <0.2 nesses pontos, tenho dificuldade em justificar, uma vez que o pessoal da manutenção costuma atribuir a diminuição do teor de cloro residual ao filtro do bebedouro, que retem parte deste cloro. Faz sentido? Na prática, a água que ingerimos é que precisa ter 0.2 cloro residual?
claudia
Pela interpretação da Portaria, entendo que a análise complete de potabilidade deve ser feita da água bruta, para verificar se a mesma, quando submetida ao tratamento previsto, tem condições de ser destinada ao consume humano. na água após tratamento devem ser feitas as analyses parciais de monitoramento.
Marcia Atendente
Ola Cristina, ótimo artigo. norma ABNT NBR 15784 (24/02/2014)
Andressa Gentil
Artigo muito bem escrito, explicativo e com excelente analise de causa.
Danielle
Excelente artigo, inteligente e bem escrito. Parabéns a por disponibilizar este riquíssimo material
fabio
ola gostei do conteúdo da pagina
neves
ola gostei da postagem muito ultil