A aplicação de ar quente forçado nas caixas de transporte de aves podem ser um meio eficaz na eliminação de Campylobacter neste ambiente, conforme revelado em nova pesquisa do governo norte americano.
As aves são conhecidas por serem portadoras de Campylobacter, uma bactéria que causa doença gastrointestinal. De acordo com o U.S. Center for Disease Control and Prevention (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos), a maioria dos casos de infecção por Campylobacter está associada ao consumo de carne de ave crua ou mal cozida, ou pelo consumo de outros alimentos que possam ter tido contato com aves contaminadas.
Como as aves abrigam Campylobacter em seus intestinos e a bactéria é liberada nas fezes, o piso das granjas e viveiros de aves é um rico substrato para a bactéria. Nas caixas e engradados de transporte, as bactérias presentes nas fezes evacuadas por uma ave contaminada podem contaminar muitas das outras aves ao redor.
A pesquisa demonstrou que a lavagem das caixas e a secagem por um ou dois dias pode reduzir bastante ou até mesmo eliminar Campylobacter, no entanto esse tempo de espera não é produtivo para os avicultores.
Mas os cientistas do Serviço de Pesquisas Agrícolas do USDA (equivalente ao nosso Ministério da Agricultura) e da Universidade da Georgia descobriram que a aplicação de ar quente forçado nas caixas que receberam um spray prévio de água pode reduzir Campylobacter a níveis não detectáveis. O ar quente estático, por outro lado, não foi eficaz na redução dos níveis da bactéria, de acordo com as conclusões do estudo.
A pesquisa ainda aponta que o tratamento com ar quente forçado constitui um método rápido e prático, que pode ser usado no futuro pelos avicultores para reduzir a contaminação cruzada por Campylobacter entre as aves, durante o transporte.