Nós sabemos da irregularidade e clandestinidade de matadouros municipais que se contrapõe aos os mais modernos abatedouros exportadores do Brasil.
Neste nosso país, podemos encontrar locais em mal estado de conservação
Com materiais de contato inadequados, como a madeira.
Vísceras que evidenciam que o animal não foi mantido em jejum horas antes, aumentando e muito a presença de fezes e contaminação na carcaça e ambiente
E por fim, produto sendo despachado sem refrigeração em um caminhão nada sanitário.
Isso também é Brazil.
Fonte das imagens: http://comissaotecnicadealimentos.wordpress.com de Arquivo da CRMV-SP (Fiscalização)
Gláucio G. B. Maracajá
Um dos maiores problemas da Inspeção Sanitária, tanto a nível municipaios quanto de estados é que ao longo de décadas não houve incentivos para que novos abatedouros com plantas a condizentes com as boas práticas de manipulação de alimentos. Na grande maioria dos municípios os estabelecimentos de abates de animais são da década de 1970, os quais não passam de um grande galpão, qua mais se parecem com uma garagem, onde ainda se usa marretas para o atordoamento dos animais e sangrias, esfolas e eviscerações são realizadas no chão sem haver a pendura e trilhamento dos mesmos.
Outro fator agravante é que, mesmo com uma legislação sanitária de 1950, reformulada em 1989 e com novo as regulamentobde Inspeção de 2017, a grande maioria dos municípios, assim como dos estados, não tem Serviços de Inspeção Sanitária, S.I.M e. S.I.E. respectivamente, devidamente implantados, e os que implantaram não têm uma estrutura satisfatória. Muitos S.I.M.’s contam apenas com um Médico Veterinário, o qual percebe Salário extremamente baixo para o cargo exercido e para os riscos biológicos que o trabalho os expõe, sem nenhuma estrutura para trabalhar, a exemplo de carro para visitas técnicas, sala mobiliada e equipamentos de informática para atender às demandas etc.
Os gestores falam em saúde, mas só priorizam Postos de saúde (UBS’s e UPA’s que são importantes, porém são da medicina curativa, sem nenhuma preocupação com estruturação de S.I.M. e VISA, que primam pela medicina preventiva.
É notório a desinformação dos gestores (Prefeitos, Secretários de Agricultura e de Saúde) quanto à importância desses órgãos, reguladores e fiscizadores, para a saúde pública, principalmente no tocante a Produtos de Origem Animal e os riscos de agravos à saúde da população, à preservação do meio ambiente e os riscos de doenças transmitidas por alimentos.
Gláucio Maracajá
Médico Veterinário
CRMV-PB