Sabemos que a Europa encontra-se em tempos de vacas magras, com índices de desemprego na casa dos 20%. Mas o que este fato tem a ver com segurança de alimentos?
A crise, além de afetar a economia, tem muitos outros efeitos colaterais. Um deles está relacionado com o risco alimentar que correm os consumidores em seus lares e que, segundo demonstra um recente estudo, tem aumentado. Assim afirma a Agência Britânica de Segurança Alimentar (FSA), na “Semana de segurança alimentar em tempos de crise”. Neste evento se apresentou resultados de uma pesquisa no Reino Unido sobre hábitos no lar.
Foram entrevistados 1.900 consumidores com idade entre 18 e 64 anos. O objetivo foi analisar os hábitos de compra de alimentos e sua posterior manipulação e armazenamento para compreender o impacto da crise sobre eles. Estas são as principais conclusões da pesquisa:
Os alimentos estão mais caros. Quase todos os entrevistados (97%) estimam que o preço das compras aumentou nos últimos três anos.
Ofertas fazem sucesso. 75% dos compradores aproveitam ofertas e estão mais dispostos a assumir mais riscos de segurança de alimentos.
Sobras são mais utilizadas. 57% considera que aproveitar sobras é uma maneira de reduzir custos na hora de comprar, mas quase 47% as usam até dois dias depois da preparação e 25% as congela.
“Controlde de Qualidade” caseiro. Um terço dos consumidores confiam em suas habilidades para avaliar o estado dos alimentos na geladeira, só olhando ou cheirando-os, e ignoram ou usam de maneira “orientativa” as datas de validade ou consumo preferencial (esta última não se usa no Brasil).