Uma pesquisa realizada recentemente, sobre hábitos higiênicos comprova que os brasileiros estão em primeiro lugar quando o assunto é a higiene pessoal.
A pesquisa foi feita em quinze países e traz alguns números interessantes:
1- Cerca de 80% das mulheres inglesas não tomam banho todos os dias e 30% chegam a ficar até três dias sem (!!!);
2- Na maior parte dos países a média é de um banho por dia;
3- Os mexicanos lavam os cabelos todas as vezes que se banham;
4- Os brasileiros tomam cerca de doze banhos por semana e lavam as cabeças em média quatro vezes apenas;
5- Na Índia não foi possível chegar a uma conclusão, pois metade das casas sequer tem banheiro…
Sabem o porquê desta introdução no meu texto?
Por que uma das maiores dificuldades que observo no dia a dia de trabalho, diz respeito à higienização correta das mãos (ou a falta dela!).
Embora esta questão, a dos bons hábitos de higiene, seja recorrente nos programas de treinamento, é muito comum observar pessoas deixando de cumprir um requisito básico de higiene, seja para o exercício da sua função ou para o simples fato de cuidar da sua saúde, afinal, lavar as mãos após o uso do banheiro e antes das refeições, é coisa muito básica que aprendemos com nossas mães.
Para os gestores dos programas de Food Safety esta é uma preocupação constante, pois os grupos de colaboradores são formados por pessoas que vêm de lares e culturas bastante diferentes na sua origem.
Qual é a saída então?
Uma boa opção é a realização constante de testes de controle microbiológico para que, a partir dos resultados obtidos, sejam criados planos de ação pontuais e efetivos para a solução do problema. Este monitoramento não deve se limitar apenas à análise das mãos dos colaboradores mas também aos equipamentos de uso individual e coletivo, como painéis de controle, por exemplo.
Outra saída é a adoção de métodos mais eficazes de higienização. Hoje existem empresas especializadas em produtos de higiene que estabelecem, em conjunto com o cliente, planos de monitoramento e instalação de equipamentos mais eficientes para a correta higiene das equipes.
Está claro que só a estrutura e o monitoramento não bastam. Há que existir um constante acompanhamento por parte das lideranças diretas nesta atividade.
Como tudo que diz respeito à Qualidade e Segurança de Alimentos, se não houver o compromisso de quem está à frente dos processos produtivos, nenhum programa será bom o suficiente para evitar a contaminação dos equipamentos e também dos alimentos processados nas unidades.
Voltando para a pesquisa, temos números que ajudam a explicar a grande quantidade de água desperdiçada no Brasil diariamente. Difícil é explicar o porquê de um simples lavar de mãos ser tão difícil para a maioria…
Fonte da pesquisa:
Revista Superinteressante, edição 345, Abril/2015, página 13.
Euromonitor (www.euromonitor.com).