Antes de qualquer consideração a este respeito, vale observar que um detector de metal deve ter sensibilidade adequada, o que deve ser discutido com o fabricante do detector. Vários fatores devem ser
levados em conta: tamanho, tipo de metal, tipo de produto, velocidade de funcionamento dentre outros.
Um parâmetro importante para seu correto funcionamento é o ajuste da relação entre o tamanho de abertura do detector propriamente dito e o tamanho do produto, considerando como produto exatamente a unidade que passará pelo detector. Outro parâmetro, é o posicionamento do corpo de prova, que deve ser no ponto menos sensível.
Se detector de metal é ou não PCC, há muita controvérsia e vale lembrar que esta decisão sempre depende de uma análise crítica.
Alguns afirmam que um detector é uma etapa de processo, outros afirmam que não é. O fato é que não há ainda a consagração de uma linha de raciocínio única. Há profissionais que defendem até que é pré-requisito, mas este raciocínio não se sustenta face à definição de pré-requisito do Codex Alimentarius.
Os autores deste livro optam pela linha de raciocínio mais conservadora: se o processo depender do detector de metal para que os perigos metálicos estejam em nível aceitável, mesmo havendo histórico de que ele nunca falhou, como não se pode garantir isso para sempre, preferimos o enfoque de PCC.
Trecho do livro: Implementação de Sistemas da qualidade e Segurança dos Alimentos, volume II
Humberto Cunha
Ótima abordagem, realmente essa discussão existe dentro das indústrias e não há um consenso.