Você sabe como são higienizadas as embalagens cartonadas?
Uma das preocupações quando buscamos alimentos industrializados é a higienização das matérias primas, equipamentos e utensílios, mas outro fator importante relacionado à higienização são as embalagens que acondicionam os produtos.
Cada vez mais buscamos praticidade e tecnologia em todos os segmentos e não poderia ser diferente em alimentos, porque não abrimos mão de alimentos seguros.
São inúmeros os materiais e embalagens especialmente desenvolvidos para alimentos e entre eles as embalagens cartonadas vêm ganhando espaço nas gôndolas pois permitem que os alimentos estejam em qualquer lugar, dispensados de refrigeração e com maior vida útil.
Mas você já se perguntou como são higienizadas as caixinhas “longa vida” antes de receber o alimento?
Apesar de mais de 70% da sua composição ser papel, a embalagem cartonada tem também uma camada de alumínio e algumas camadas de polietileno, material que entra em contato com o alimento, e também está na camada externa protegendo a embalagem.
Antes de serem colocadas nas máquinas de envase, as embalagens cartonadas são manipuladas, tornando-se vulneráveis às contaminações pelos operadores e pelo ambiente.
Para garantir que os alimentos continuem estéreis após o envase é necessário que as embalagens cartonadas também apresentem a mesma condição asséptica. Para que isso ocorra, há na máquina de envase um compartimento com uma solução sanitizante chamado banheira de peróxido de hidrogênio, que faz a esterilização completa do material.
O peróxido de hidrogênio é diluído a uma concentração de 30 a 50% para que seja eficiente e não deixe resíduos na embalagem, é aquecido a aproximadamente 85°C através de resistências elétricas pelo lado de fora da banheira. O material de embalagem entra nesse compartimento, passa pela solução quente com a finalidade de retirar possíveis sujidades, impurezas e a carga microbiana presente no material.
Para retirar a solução, o material passa por rolos revestidos por borrachas que espremem a embalagem retirando o peróxido de hidrogênio e, em seguida, entra em uma câmara de secagem onde uma faca sopra ar superaquecido sobre as embalagens, secando-as e finalizando a esterilização. Depois desse processo, a embalagem está pronta para receber o produto asséptico e garantir a segurança do alimento mesmo sem o uso de conservantes.
Os órgãos regulamentadores do Brasil não especificam limite máximo para resíduo de peróxido de hidrogênio em alimentos, portanto é utilizada a referência de 0,5 ppm recomendada pelo 21CFR178.1005 da agência reguladora norte americana FDA (Food and Drug Administration) e é realizada periodicamente análise em água estéril para verificar esse residual.
Carlos Cesar G. Santos
Parabéns!!!
Aline Rafaela Calza de Souza
Muito obrigada!
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Reinaldo Lima
Aline, bom dia!
uma pergunta uma empresa que faz peroxido de hidrogênio e fornecer no mercado para diferentes seguimentos precisa fazer algo diferente para inserir o seu produtos junto aos grandes fabricantes de embalagens para alimentos? se sim como devemos proceder com isto fazendo ensaios?
gratol
Reinaldo
Aline Rafaela Calza de Souza
Olá Reinaldo,
As máquinas tem muitos parâmetros que precisam ser alterados e validados quando há uso de um novo produto.
Normalmente o fornecedor dos equipamentos e embalagens já tem os produtos homologados, muitas vezes por diretrizes globais.
Nesse caso recebemos uma lista de produtos homologados e parâmetros que garantem o tratamento, não tendo tanta flexibilidade de escolher outros produtos não homologados por eles.
Att.
Aline
Raimundo Samines
Qual o processo das embalagens dentro das máquinas de evase durantes a produção com o peróxido de hidrogênio