Como abordar questões culturais e religiosas dentro da indústria de alimentos?

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Nos últimos anos, com o avanço de políticas de diversidade no mundo corporativo, tornou-se comum a existência de comitês de discussão e tentativas de ações sobre questões de inclusão cultural e religiosa. Há situações dentro da indústria de alimentos e bebidas que nos levam a repensar sobre a amplitude das nossas políticas de qualidade.

A ideia de qualidade e segurança pode estar relacionada a padrões sociais, questões religiosas ou hábitos regionais. E isso deve ser pensando e abordado dentro do nosso sistema de gestão da qualidade.

Por isso nos perguntamos:

Como fazer com aqueles colaboradores que não querem cumprir alguma regra de BPF por questão cultural ou religiosa?

Qual procedimento a empresa deve adotar para essa inclusão cultural?

Para estabelecimentos produtores de alimentos e bebidas, os requisitos são claros e estão presentes nas regulamentações sobre o assunto Boas Práticas de Fabricação.

Para os casos em que existe algum requisito legal explícito, não existe uma saída além de direcionar o colaborador para outras funções. É altamente recomendado que seja para funções em áreas externas e que não tenham nenhum tipo de contato com o alimento. Ressalvo que é extremamente importante que todos os funcionários conheçam suas responsabilidades e sejam responsabilizados pelas suas tarefas relacionadas à segurança dos alimentos, justificando o direcionamento para cada função.

Para as empresas que estão estabelecendo um Programa de Cultura de Segurança de Alimentos, deve-se conscientizar as pessoas sobre riscos à segurança de alimentos, por meio de comportamentos e atividades, que incluem desde o recebimento de matéria-prima até práticas de preparo do alimento.

De qualquer forma, toda e qualquer decisão da empresa deve ser em cima de uma avaliação de risco documentada e justificada.

Imagem: foto de Pixabay

2 thoughts on

Como abordar questões culturais e religiosas dentro da indústria de alimentos?

  • Kátia Oliveira

    Podia ter explanado mais sobre o assunto. É complexo e melindroso esse assunto. Pois, como abordar sem dar a sensação de discriminação? Tipo quem não retira a barba devido a cultura ou religião só poderá ficar em tal área. Como dizer aos outros colaboradores que ele só pode ficar ali devido a barba? Não gera nesse momento uma separação? As vezes no momento da contratação, nem contratar.

    • Thais Santos

      Olá Kátia, tudo bem?
      Deve haver um alinhamento entre as áreas de gestão de pessoas e SGQ, para que em cima de uma avaliação de risco estabeleçam o que for melhor. O fato é que for requisito legal DEVE ser cumprido, é mandatório.
      Tudo isso vai de encontro com os pilares da cultura de segurança de alimentos, quando há uma consciência sobre o certo, uma consciência sobre o impacto que sua atividade representa pro processo e/ou produto, não enquadrará como discriminação.
      É sempre válida uma avaliação da empresa em cada caso.

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