Como funciona a certificação de equipamentos sanitários para a indústria de alimentos?

2 min leitura

Muitas empresas conscientes querem ter a tranquilidade de não precisar se preocupar se o equipamento ou componente que será instalado nas fábricas trará um risco sanitário. Um bom caminho para prevenir dores de cabeça é adquirir um equipamento certificado por uma entidade idônea. E como funciona a certificação de equipamentos sanitários para a indústria de alimentos?

Vamos primeiramente recapitular alguns conceitos: para um equipamento ser sanitário, ele deve ser fácil de limpar e seguir requisitos relacionados a materiais de construção, acabamentos de superfície, inexistência de zonas mortas, fácil drenagem, e quando aplicável, ser uma barreira contra a contaminação do entorno da planta (ambiente externo).

Quais são as organizações que certificam equipamentos no mundo?

Só há duas organizações no mundo que realizam certificação de equipamentos: a 3-A , dos Estados Unidos, e o EHEDG, que é uma organização europeia.

Quais são as diferenças entre a certificação 3-A e EHEDG para equipamentos?

As diferenças iniciais entre as duas associações são as normas de referência com as definições de projeto sanitário de equipamentos. As correlações entre as normas 3-A e os manuais do EHEDG podem ser vistas neste link (lado direito, abaixo).

Embora as duas entidades trabalhem de forma a harmonizar ao máximo seus critérios, as premissas para certificação são definidas de forma diferente. A certificação 3-A é baseada somente na análise crítica teórica dos requisitos do projeto, enquanto a certificação EHEDG avalia o projeto tanto teoricamente quanto na prática (usando um teste de facilidade de limpeza padronizado e executado em institutos acreditados).

As especificações de projeto das normas 3-A  determina, por exemplo, precisamente raios e o acabamento superficial necessário. Se essas especificações não puderem ser atendidas no papel, a certificação do produto não será possível.

O EHEDG, embora também tenha suas premissas teóricas, foca a aplicação prática da higienização do componente. Assim, além da avaliação crítica do desenho, é realizado um ensaio em condição controlada, em triplicata. Se, por razões técnicas ou funcionais, a geometria e uma ou outra especificação da superfície não for totalmente aderente aos manuais na teoria, ainda há a possibilidade de aprovação. Isso é possível se nos ensaios de limpeza em laboratório (utilizando um microrganismo indicador) for demonstrado que eventuais desvios são compensados de outras maneiras, sem comprometer o resultado.  Num próximo post explicarei com mais detalhes estes testes.

Como saber se um equipamento é certificado?

Cada entidade mantém sua base de dados para consulta dos equipamentos certificados:

3-A

EHEDG (Na base de dados do EHEDG ainda é possível buscar equipamentos/dispositivos que acumulem outras certificações, como por exemplo, se o equipamento também é certificado 3-A ou o material de contato atende requisitos de biocompatibilidade ou segurança contra a explosão)

Observação: o FDA não disponibiliza um processo de certificação estruturado e profissionais isentos que avaliem os equipamentos e emitam um certificado. O que o mercado pratica é que as empresas, com base nos critérios da legislação americana, façam uma autodeclaração de atendimento ao FDA.

One thought on

Como funciona a certificação de equipamentos sanitários para a indústria de alimentos?

  • Mirian Cristina Santos Ishizuka

    Parabéns pelo artigo!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Todos os textos são assinados e refletem a opinião de seus autores.

lorem

Food Safety Brazil Org

CNPJ: 22.335.091.0001-59

organização sem fins lucrativos

Produzido por AG74
© 2020, Themosaurus Theme
Compartilhar