Imagine que você está comprando alimentos no supermercado e quer ter certeza de que tudo está seguro e tem alta qualidade. Para isso, você pode procurar selos de qualidade nos produtos, assim como observamos certificações em eletrodomésticos ou brinquedos.
Agora, no mundo dos alimentos, existem várias certificações que as empresas podem obter para mostrar que seus produtos são seguros. Aqui entram as siglas como FSSC, BRCGS, IFS e SQF. Essas certificações são como “garantias de qualidade” que as empresas recebem após passar por rigorosas auditorias.
Mas quem garante que essas certificações realmente significam qualidade e segurança? É aqui que entra a GFSI (Global Food Safety Initiative).
O que é a GFSI?
GFSI NÃO é uma certificação, mas uma iniciativa global que define os critérios de segurança de alimentos que uma certificação precisa atender para ser reconhecida internacionalmente. Pense na GFSI como um “controle de qualidade” para as próprias certificações.
Como funciona a GFSI?
- Definição de Critérios: A GFSI estabelece padrões e requisitos globais para garantir que qualquer certificação de segurança de alimentos reconhecida por ela siga as melhores práticas da indústria.
- Reconhecimento de Certificações: Certificações como FSSC, BRCGS, IFS e SQF são reconhecidas pela GFSI. Elas passam por um rigoroso processo de avaliação para garantir que atendem aos critérios globais de segurança de alimentos.
- Confiança para consumidores e empresas: Quando você vê um produto com uma certificação reconhecida pela GFSI, pode confiar que esse alimento passou por um rigoroso processo de verificação de segurança e qualidade.
Principais certificações reconhecidas pela GFSI
- BRCGS (Brand Reputation through Compliance Global Standards): Originalmente conhecido como BRC, este esquema é amplamente utilizado em todo o mundo e abrange várias normas, incluindo segurança de alimentos, embalagem e materiais de embalagem, armazenamento e distribuição.
- IFS (International Featured Standards): Este esquema é popular na Europa e é usado principalmente por varejistas e atacadistas. Inclui normas para alimentos, logística e outras áreas.
- FSSC 22000 (Food Safety System Certification 22000): Baseado na norma ISO 22000, este esquema é amplamente aceito no mundo e cobre toda a cadeia de fornecimento de alimentos.
- SQF (Safe Quality Food): Este esquema é muito utilizado na América do Norte e Austrália, oferecendo normas para segurança e qualidade dos alimentos.
- GlobalG.A.P.: Este esquema é focado na produção agrícola primária, cobrindo frutas, vegetais, produção animal e outros produtos agrícolas.
- CanadaGAP: Este é um esquema específico para o Canadá, focado na segurança de produtos frescos e vegetais.
- PrimusGFS: Popular na América do Norte, este esquema é utilizado principalmente na indústria de frutas e vegetais.
- Japan Food Safety Management Association (JFSM): Um esquema de certificação de segurança de alimentos específico do Japão.
Correlacionando tudo
Pense no GFSI como um selo de aprovação que diz: “Esses sistemas de certificação são bons”. Se uma fábrica tem uma certificação citada acima, significa que ela segue práticas seguras e de alta qualidade, conforme reconhecido pelo GFSI.
Mas afinal, qual o papel das certificadoras?
As certificadoras são como “auditores” que visitam as fábricas para verificar se elas estão seguindo as regras desses sistemas de certificação. Elas realizam auditorias e inspeções para garantir que tudo esteja em ordem. Se tudo estiver conforme, elas emitem um certificado que diz: “Esta fábrica segue as melhores práticas de segurança e qualidade de alimentos”.
Resumindo
- GFSI: Supervisiona e aprova outros sistemas de certificação.
- BRGCS, IFS, FSSC, SQF, GlobalG.A.P, CanadaGAP, PrimusGFS, JFSM: Sistemas de certificação específicos aprovados pelo GFSI.
- Certificadoras: Auditores que verificam se as fábricas seguem as regras desses sistemas e emitem certificados.