Já fizemos aqui no blog a avaliação das etapas iniciais do guia de Food Fraud Mitigation da US Pharmacopeia. Nesta postagem, traremos as orientações do quarto e último passo, o desenvolvimento da estratégia de mitigação.
Leia também:
Passo 1: Avaliação das vulnerabilidades, segundo o programa Food Fraud da US Pharmacopeia
Passos 2 e 3: Avaliação dos impactos potenciais e caracterização das vulnerabilidades, segundo o programa Food Fraud da US Pharmacopeia
Passo 4: Desenvolvimento da estratégia de mitigação de fraude
De acordo com a classificação do passo 3, diferentes ações são tomadas para cada ingrediente avaliado:
- Se o resultado obtido for verde, registrar e documentar a avaliação já é suficiente. Opcionalmente, pode-se criar controles que minimizem a vulnerabilidade.
- Mas se o resultado for laranja, deve-se avaliar se a vulnerabilidade é aceitável. Caso não seja, é necessário prosseguir com recursos de mitigação.
- Nos casos em que o resultado for vermelho, a avaliação de recursos de mitigação deve ser imediata.
O guia diz que a estratégia de mitigação é dinâmica e cíclica, devendo ser realizada quantas vezes forem necessárias. O objetivo é reduzir as classificações dos fatores controláveis de vulnerabilidade do passo 1, trazendo-os para as colunas da esquerda (coluna C do quadro 1 do primeiro passo).
Temos aqui algumas dicas para ajudar a desenvolver sua estratégia de mitigação:
- Priorizar os fatores mais controláveis. Por exemplo, melhorar o relacionamento com o fornecedor está mais em nossas mãos do que as questões geopolíticas. Após isso, tratar os fatores que mais influenciam os resultados da classificação do passo 1.
- Priorizar os ingredientes que têm maior potencial de risco, de acordo com a proporção utilizada no produto final.
- Considerar estratégias de menor custo para a companhia. O guia traz como exemplo que melhorar a frequência de testes analíticos do insumo é mais barato que estipular um programa mais extenso de auditorias de fornecedores.
- Avaliar a possibilidade de recursos de terceiros que já trabalham com mitigação de Food Fraud, como associações e órgãos públicos.
Portanto, traçar um plano de ação, executá-lo e refazer as avaliações iniciais são as etapas do passo 4, um processo que lembra os conceitos do conhecido ciclo PDCA.
Importante reforçar que o material da U.S. Pharmacopeia está disponível gratuitamente aqui, com inúmeras interpretações de cases reais, além de fontes de pesquisa que funcionam como recursos para as avaliações de vulnerabilidades. Não deixe de conferi-lo na íntegra!
Deixe nos comentários a sua contribuição em relação a este modelo de mitigação de Food Fraud.
Referências:
– Food Fraud Mitigation Guidance – Apêndice XVII do Food Chemicals Codex – U.S. Pharmacopieal Convention
– Guidance Document Food Fraud Mitigation – Food Safety System Certification 22000