A vez do “frango verde”

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Atualmente, a palavra de ordem do setor de produção de alimentos por todo o mundo é: segurança. Neste universo, os produtos naturais deixaram de meros “figurantes” e cada vez mais “abocanham” a preferência dos consumidores exigentes, quando o assunto é: o que se põe à mesa. Esta tendência, segundos especialistas, partiu lá na Europa e hoje se alastra por todos os países, inclusive no Brasil.

Preocupados, os consumidores exigiram a garantia da qualidade dos produtos que retiravam das gôndolas dos supermercados, e os produtores buscaram uma filosofia de absoluto e total respeito à natureza e ao ser humano. E juntos, eles encontraram alternativas viáveis, buscando o mercado da agricultura natural. Diferentemente de alguns anos, hoje é possível encontrar sim, alimentos naturais para montar os mais variados cardápios. Frutas, verduras, legumes, ovos, sucos e até mesmo vinhos, são hoje produzidos em larga escala para atender uma demanda cada vez maior (revista rural, 2014). As fazendas orgânicas estão se tornando uma fonte cada vez mais popular de produção de alimentos na Europa. Existe, porém, um grau variado de sistemas de produção de aves que inclui além dos orgânicos outros não industriais como os “free range” (produção agro ecológica, 2010).

 

Manejo Redobrado

Na criação de frangos verde, a conversão alimentar é muito importante. Na recepção do milho, por exemplo, a máquina de limpeza deve separar, eventuais grãos de milho quebrados, e outras impurezas antes do armazenamento pois estes resíduos aumenta a probabilidade de contaminação por micotoxinas, que deprimem o sistema imunológico do plantel. A dieta das aves é complementada com vitaminas e mineral, mas não inclui ingredientes de origem animal.

 

No lugar dos antibióticos e dos promotores de crescimento (que, na verdade, também são antibióticos), os frangos recebem os probióticos. Os primeiros são fornecidos às aves para eliminar bactérias patogênicas, mas podem destruir as bactérias que atuam em sua defesa ou ainda favorecer o aparecimento de organismos resistentes a esses mesmos produtos. Os probióticos, por sua vez, agem de forma diversa: microorganismos “do bem” (como, por exemplo, os lactobacilos), eles são ministrados às aves para colonizar seu trato intestinal, e assim combater os agentes nocivos.

Os quimioterápicos como os anticoccidianos também ficam de fora do manejo do frango. A c occidiose, causada pelo protozoário eiméria, é uma das mais graves doenças que podem afetar as criações de frango, provocando diarréias tão severas que às vezes se tornam hemorrágicas. As aves produzidas pelo método verde recebem, em vez de anticoccidianos (que são similares a antibióticos), uma vacina contra a coccidiose. Além dessa vacina, as aves recebem imunização contra as doenças de Gumboro e Marek (revista rural, 2014).

Para os produtos destinados ao mercado interno, as normas permitem que a certificação seja efetuada por instituições que na sua estrutura interna possuam uma comissão técnica e um conselho de certificação, mas que podem prestar assistência técnica aos produtores que estejam pleiteando a certificação agroecológica/orgânica, não sendo permitido que as certificadoras comercializem produtos e insumos, o que permitirá que as atuais organizações não governamentais que prestam assessoria técnica a grupos de agricultores orgânicos sejam transformadas em instituições certificadoras.

 

Referências.

  1. http://www.revistarural.com.br/edicoes/item/5929-a-vez-do-frango-verde, acessado em 10 de Agosto de 2015.
  2. http://frangoc.blogspot.com.br/2010/04/producao-agroecologica-de-frangos-de.html, acessado em 09 de Agosto de 2015.

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