O que é o Programa Global Markets e quais as formas de aderir ao programa

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No 1° Fórum Global Markets Brasil, realizado pelo Instituto de Responsabilidade Social Food Design no dia 26 novembro de 2019 em São Paulo, todos tiveram a oportunidade de enriquecer o conhecimento sobre o Programa Global Markets e sua importância para a cadeia de fornecimento, mesmo para as indústrias de não alimentos. Todas as apresentações tiveram um facilitador de comunicação para deficientes auditivos, trabalho realizado pela empresa Escreve Brasil. Os patrocinadores diamond do evento foram: IFS Food e SQF, já os patrocinadores prata: Bureau Veritas e patrocinadores bronze: 3M e DNV GL. Os apoiadores do evento foram: Food Design, APAS, BASF, Abimapi, Makro, Carrefour, Liner, GlobalMarkets APAS, ABIS, Agenepe e nós, da Associação Food Safety Brazil.

O evento mostrou a importância do Programa Global Markets, que é mais do que uma excelente ferramenta para os fornecedores se adequarem aos clientes, mas também um caminho de desenvolvimento escalonado que ajuda as empresas a chegarem cada vez mais perto das certificações reconhecidas pela GFSI.

O programa surgiu a partir da necessidade de adequação às exigências de clientes por parte de empresas pequenas ou menos desenvolvidas, que por vezes recebem muitas auditorias diferentes. Em âmbito nacional, houve um movimento de unificação das grandes redes varejistas para seleção de seus fornecedores, adotando um protocolo único, auxiliando assim a vida desses fornecedores e favorecendo uma linguagem única de mercado. Surgiu então o programa Global Markets APAS (Associação Paulista de Supermercados). Mais detalhes do programa podem ser encontrados aqui.

No evento, casos de sucesso foram apresentados pelos próprios representantes das empresas, demonstrando os benefícios gerados para toda a cadeia, organizando e padronizando processos internos, melhorando a relação com clientes e, claro, alcançando o objetivo maior, que é a segurança no consumo. Os fornecedores também não ficam de fora. Mesmo que num primeiro momento algumas exigências pareçam descabidas, após o período de ajustes (necessário em quaisquer mudanças), todos saem ganhando.

Foi o caso relatado por Tiago Crispim da Silva, da AP Frutas e Verduras. Mostrando uma evolução impressionante ao longo dos anos, Tiago demonstrou em números o desenvolvimento de sua organização, que em um período de 10 anos foi de 40% de atendimento a um protocolo de auditoria de cliente a 98% de atendimento à auditoria de certificação Global Gap. No meio desse processo as auditorias com protocolo Global Markets desempenharam um papel imprescindível para a evolução da empresa.

Tiago assumiu as dificuldades iniciais, tanto com fornecedores quanto com colaboradores internos, mas com orgulho apresentou a meta da certificação alcançada pela empresa familiar, que conseguiu através das adequações diminuir as devoluções de produtos de 27% para 6% em 5 anos, o que contribui não só para a satisfação dos clientes, mas também para a sustentabilidade.

Eduardo de Almeida da Uvale Frutas Tropicais nos apresentou o sucesso da rastreabilidade total da cadeia, através de QR codes, também assumindo as dificuldades iniciais e os benefícios posteriores. Empresas como Cacau Foods e Icefruit também estavam presentes compartilhando com todos suas histórias de desenvolvimento.

Dentro do contexto das normas internacionais, Caroline Nowak e João Stein estavam presentes apresentando o protocolo IFS Global Markets e as diferenças principais entre este e o protocolo IFS Food, sendo o primeiro isento de requisitos ‘KO’ (Knock Outs), tendo como não conformidade mais impactante as Não Conformidades maiores.

Ellen Lopes apresentou o contexto Global Markets nas normas BRC e FSSC 22000, as etapas para desenvolvimento em cada uma delas e também a SQF estava presente, muito bem representada por Palova Marques, trazendo informações sobre a SQF e a intenção da norma de firmar presença aqui no Brasil.

Palova nos apresentou o aplicativo da norma para baixar materiais gratuitamente através de QR code, além das características principais do protocolo. Para o programa de desenvolvimento de fornecedores, existem os fundamentos SQF tanto para fabricantes de alimentos quanto para a área de produção primária. Ambos fornecem um passo a passo detalhado que direciona as empresas rumo às adequações. Os materiais da norma estão sendo todos traduzidos para o português, auxiliando assim o acesso às ferramentas.

Esse evento mostrou a importância de unir forças de todos os lados da cadeia produtiva rumo a uma situação de ganha-ganha para todas as partes envolvidas. A cultura de segurança de alimentos só tem a se beneficiar com eventos como esse e ficamos à espera do próximo!

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