A política de vidros tem como objetivo prevenir a contaminação física nos alimentos proveniente da quebra destes materiais. Não há legislação que exija este controle, porém ela faz parte do programa de pré-requisitos dentro dos Sistemas de Qualidade e Segurança de Alimentos, de forma a atender normas de certificações como FSSC e BRC. É um assunto que gera muitas dúvidas, aqui no blog já foi tratado nos posts Política de Vidros e plásticos duros, por onde começar? e Lista de verificação de inspeção de vidros e registro de quebra.
Um projeto sanitário adequado deve garantir a ausência de materiais quebráveis como o vidro, mas sabemos que na realidade nem sempre isso acontece ou, como em um grande número de casos, as questões sanitárias não são/eram levadas em consideração na hora de iniciar um projeto. A questão é como lidar com o vidro presente na minha área produtiva? Veja abaixo algumas alternativas para substituição ou controle.
Vidro laminado
O vidro laminado é composto por duas lâminas de vidro e uma película de Polivinil Butiral (PVB) ou resina, conforme figura abaixo. Em caso de quebra, os estilhaços ficam presos à película, reduzindo o risco de contaminação física.
Policarbonato
O policarbonato (PC) é uma boa alternativa para substituir o vidro, uma vez que possui alta resistência ao impacto (praticamente não quebra) e boa resistência térmica, além de ser transparente e ter boa resistência química.
Película protetora
As películas podem ser aplicadas com objetivo de aumentar a resistência contra choques e impactos, além de reter as partículas em caso de estilhaçamento. Há no mercado diversas opções de películas, portanto avalie junto ao fornecedor qual a opção mais adequada, não esqueça de manter uma cópia da especificação técnica da mesma.
É importante realizar inspeções periódicas para verificação das condições dos vidros e outros materiais quebradiços, além disso ações corretivas devem estar pré-estabelecidas para casos de ocorrências e, claro, devidamente registradas.
Fontes:
http://vilaflorquimica12.blogspot.com.br/
http://abravidro.org.br/vidros/vidro-laminado-2/
http://file.abiplast.org.br/download/links/links%202014/materiais_plasticos_para_site_vf_2.pdf
https://www.peliculaparavidro3m.com.br/produtos/pelicula-de-seguranca/
wilmar gomes guimaraes
Foi ciado os produtos.
1-vidro. É a melhor alternativa. mas muito caro.
2-Policarbonato: libera bisfenol, disrruptor endócrino, para o alimento, descartado.
Boa aplicação PET e PETG, problema: os fabricantes não os fazem com anti-UV. Quebram todos em contato com a luz solar. Liberando partículas para o alimento.
Isso vale para todos os plásticos.
Resumindo: A industria de alimentos, usuária dos compósitos ficam dependente das industrias de plásticos e de vidro. As quais não tem muito interesse na área alimentar.
Tem-se muita coisa para resolver nesta questão.
E tem que partir das industrias de alimentação.
Até o PET já tem estudos para sua restrição, o PET por sua liberação de ftalatos para o alimento.
Resumindo: É complicado.
Heloísa fonseca
Juliana, e possível utilizar prateleiras de vidros na área de armazenamento de embalagens? E permitido?
Juliana Levorato
Olá Heloísa,
Não sei qual o tipo de embalagem que você irá armazenar, mas é necessário que avalie bem este risco, se não há possibilidade de quebra destas prateleiras que possa contaminar as embalagens. Não é possível utilizar outro tipo de prateleiras, de plástico ou inox?
Não é proibida a utilização do vidro, porém particularmente eu nunca vi, a legislação a RDC 275, em relação a armazenamento de matéria prima e embalagem diz que “Armazenamento em local adequado e organizado; sobre estrados distantes do
piso, ou sobre paletes, bem conservados e limpos, ou sobre outro sistema aprovado, afastados das paredes e distantes do teto de forma que permita apropriada
higienização, iluminação e circulação de ar.” ou seja, não estabelece o tipo de material.
Espero ter ajudado!
Abraço