Qual o propósito de diferenciar coisas que o homem criou daquelas que ocorrem na natureza sem nossa ajuda?
Esse foi o questionamento feito pela profa Dra. Maria Cecília Toledo, da Unicamp, membro do JECFA.
Em seu ponto de vista, o mercado tem colocado oposição forte em relação ao natural e o artificial, sem que realmente haja disponibilidade de informações corretas para o público. O juízo comum do público tem sido construído como
natural = bom
artificial = ruim
Através de levantamento de comentários de redes sociais e sites de nutrição, a pesquisadora fez questão de prestar os seguintes esclarecimentos:
Definições que ela filtrou para “natural” e “artificial”, segundo dicionários da língua portuguesa:
Natural: produzido pela natureza
Artificial: produzido pelo homem
O aroma de banana é o acetato de amila. Ele pode ser obtido por destilação da fruta ou por síntese de química utilizando-se ácido acético com álcool amílico em meio de ácido sulfúrico. Segundo ela, o organismo humano não reconhece diferenças entre os compostos.
Os processos de obtenção “via homem” são muito mais rápidos e econômicos, não implicando no uso de enorme quantidade de frutas. Além disso, a produção de sintéticos é feita em condições controladas, obtendo-se produtos de concentração definida
Ex licopeno sintético não tem menos que 96% de pureza, enquanto o extrato de licopeno de tomate tem entre 5 e 15%.
Por outro lado, os corantes naturais, não dispensam a mão e intervenção do homem. O tão conhecido urucum, precisa ser extraído com soda cáustica. A clorofila, para ficar estável e não desbotar, passa por uma reação de hidroxilação onde o seu íon de magnésio é substituído por cobre ou cálcio, desconfigurando a molécula original.
Muitas críticas são feitas em relação à grande variedade de aditivos existentes, no entanto ela esclarece que estas substâncias tem caminhos metabólicos distintos e portanto toxicologicamente é interessante ingerir compostos diferentes.
Ao fim da sessão, houve um debate e a conclusão feita é que não se pode configurar os aditivos como dois opositores, natural x artificial, e sim adotá-los de acordo com critérios técnicos e mercadológicos, ampliando-se sua aplicação.
No Workshop de atualizações de Food Safety do ILSI.
Humberto
O fato de ser natural não significa por si só que tenha baixa toxicidade. A toxina botulínica e a aflatoxina são substâncias naturais, portanto a “natureza” também produz venenos poderosos.
Geovana
tem venenos poderosos, mas grande parte é benéfica tirando eles, sendo que o artificial sempre sai prejudicando o organismo de alguma maneira. Trata uma mais abre mais três portas para danificação
Oo9ooooooo
Natural é feita pela a natureza e
pelo o homem e artificial é da natureza