Abordaremos neste post as “macrotendências” que envolvem a indústria de alimentos, o que o consumidor do futuro espera com as mudanças demográficas, climáticas, a globalização, a disrupção tecnológica, a sociedade do conhecimento, a economia compartilhada, a ética e a sustentabilidade, a vida saudável (claims), a personalização e as mudanças estruturais na indústria alimentícia principalmente devido a pandemia pelo COVID-19.
Com as mudanças demográficas e a escassez de recursos podemos observar o seguinte cenário:
Quanto às mudanças climáticas e a produção de alimentos, o relatório da ONU revela que a elevação de 1 grau na temperatura do planeta reduzirá 7,4% na produção mundial de milho, 6% na de trigo, 3,2% na de arroz e 3,1% na de soja até o fim do século e a piora do solo deve reduzir a produção global de alimentos em 12 %.
A rede global do comércio de alimentos revela que a globalização aumenta o risco de segurança de alimentos segundo a FAO:
O nº de recalls em alimentos em uma visão global demonstra esses percentuais para cada tipo de razão:
A evolução da religiosidade no mundo com o crescimento do islamismo. Os muçulmanos são o único grupo religiosos projetado para crescer mais depressa do que a população mundial como um todo, sendo que a previsão é de que a geração “M”, formada por millennials de fé muçulmana, deve se tornar um quarto da população mundial. Até 2050 serão 2,8 bilhões de pessoas, assim certificações religiosas se tornarão necessárias:
Outro fator já presente, é a “a responsabilidade social que é uma realidade comercial no mercado de alimentos e bebidas.”
A disrupção tecnológica fará 47% dos empregos que hoje conhecemos desaparecer nos próximos 20 anos. Robôs ocuparão 20 milhões de empregos industriais em todo o mundo até 2030:
O poder da informação…com consumidores mais conectados, informados, participativos e exigentes:
A velocidade das inovações, por exemplo o WhatsApp atingiu em 7 anos mais gente do que a igreja católica em 19 séculos, com 1,5 bilhões de usuários em 180 países.
A busca por alimentos mais saudáveis, pois uma em cada cinco mortes no mundo está relacionada com aumento das doenças causadas por hábitos alimentares não saudáveis e pandemias (não devido a transmissão que não é provada por alimentos e embalagens, mas com o apelo de imunidade para o combate à doença).
Embalagens interativas conversando com o consumidor contam a história do produto, fidelizam, monitoram acessos e criam valor para a marca:
Segurança e saúde dos trabalhadores na indústria de alimentos determinarão os produtos que serão utilizados, pois Segurança do Trabalho é prática sustentável!
A indústria de alimentos inteligente, o futuro já presente da disruptura de paradigmas, regras, práticas, modelos e olhares:
Nesse cenário, a segurança de alimentos é uma verdadeira revolução, vejam esse exemplo para graxas e lubrificantes:
– novos requisitos de declaração de alergênicos:
– novos conceitos:
MOAH: Mineral Oil Aromatic Hydrocarbons
MOSH: Mineral Oil Saturated Hydrocarbons
POSH: Polyolefin Oligomer Satured Hydrocarbons
– Existem preocupações sobre a toxidade e o efeito dessas moléculas no corpo humano, especialmente sobre PHA (hidrocarbonetos poli-aromáticos)
– Faltam dados científicos internacionais que comprovem que produtos com teores menores de 3% de PHA pelo método IP346 possam ser nocivos à saúde
– Faltam regulamentações claras e métodos de análises precisos e padronizados.
– Tendência de maior uso dos lubrificantes sintéticos food grade
– o futuro da lubrificação na era digital com o monitoramento em tempo real:
– o futuro dos lubrificantes na indústria de alimentos 4.0:
Fonte: Palestra FUCHS “O futuro dos lubrificantes na indústria de alimentos”, por Lilian Miakawa
Juliana Furlanis
Excelente conteúdo.
Parabéns!!! Muito construtivo e analítico.
Sucesso.
Abraços
Juliana Furlanis
Alan Eduardo Rodrigues
Bom dia, parabéns pelo artigo, vc teria uma explicação ou material sobre MOAH e MOSH na industria de alimentos, sei que podem ser oriundos de tintas com oleo mineral, mesmo o grau alimenticio? E tambem de embalagens cartonadas, isso procede? Se poder me ajudar por gentileza. Meu nome é Alan, trabalho com qualidade em amendoim. Obrigado desde já!
Cíntia Malagutti
Olá Alan, boa tarde! Obrigada pelo comentário. Em janeiro de 2017, uma nova Recomendação da UE exige que os Estados Membros monitorizassem os MOHs nos alimentos e nos materiais em contacto com alimentos, mas um Regulamento comum à UE continua pendente, o projeto alemão “Mineral Oil Ordinance” (ainda em revisão) tem sido tomado como referência e embalagens com propriedades de barreira há uma orientação sobre óleos minerais (pelo Ministério da Agricultura da Alemanha, bem como pela Agência Francesa da Segurança Alimentar, ANSES, 2017.
Andreía Bazzi
Segue!