Design Higiênico em plantas de processamento de alimentos refere-se a projetos de equipamentos e instalações planejados e construídos para serem fáceis de limpar, e, portanto, para aumentar a probabilidade da ausência de contaminações. Este artigo, que contém uma vídeo-aula no canal de Youtube do blog (Design Higiênico para Todos), foi criado para simplificar os conceitos e facilitar a compreensão.
Infelizmente, equipamentos acessíveis e fáceis de limpar não são realidade na maioria das fábricas de alimentos, independentemente do tamanho, mas provavelmente poucas pessoas nestas empresas pensam ou sabem disso.
Você já tentou observar a limpeza da fábrica ou já perguntou para o seu time de higienização o que eles acham dos equipamentos? Tenho certeza de que se você fizer isso, vai se surpreender com aquilo que poderá aprender.
Mas antes de partir para o campo e fazer a sua pesquisa, leia este artigo e veja o vídeo até o final.
Para simplificar, vou resumir o tema em 3 pilares e compartilhar algumas dicas e exemplos.
Os 3 pilares são:
– Funcionalidade;
– Escolha dos materiais;
– Design, ou seja, desenho e formas dos equipamentos.
Quando falamos em funcionalidade, estamos propondo que o equipamento, ou instalação, além de cumprir o seu papel primário, não deve adicionar nenhum novo perigo ao produto. Essa condição segura deve ser mantida ao longo de toda a vida útil do equipamento, e não apenas quando ele é novo. Por exemplo: uma esteira transportadora modular plástica tem como função primária transportar um item do ponto A ao ponto B. Caso, durante seu funcionamento, novos perigos sejam agregados ao produto final, certamente haverá oportunidades de melhoria do projeto deste transportador.
Quanto à escolha do material, trata-se de escolher o material adequado ao uso pretendido. Sabemos que processos produtivos de alimentos têm condições ambientais e condições de processamento bastante diversas. Existem ambientes úmidos, secos, frios, ou quentes, bem como ingredientes ácidos, alcalinos, salmouras e materiais gordurosos, entre outros. Portanto, a escolha do material compatível com o processo de produção e de limpeza é crucial para que não haja desgaste antecipado, corrosão química e migração de compostos químicos, trazendo novos perigos aos produtos.
O terceiro pilar é o design ou forma do equipamento. De forma muito simplificada, para assegurar formas sanitárias, é preciso:
– Evitar locais de difícil visualização e acesso;
– Evitar locais de acúmulo de sujidades, que são os chamados nichos ou junta-sanduíche;
– Garantir a autodrenabilidade.
Para entender e visualizar esses princípios, assista ao vídeo, acessando esse link.
Além de compreender melhor os conceitos de forma fácil e didática, você vai concluir que apesar de ser um assunto muito técnico,
Design Higiênico também é bom senso e empatia, porque se você se colocar no lugar de quem vai limpar, você ajudará a fazer melhores projetos.
Esse assunto é tão importante que vamos precisar de outra aula para explicar porque evoluir com este tema pode ajudar a sua empresa a ganhar tempo de produção, reduzir custos operacionais e gerar engajamento no time.
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