Ser celíaco… como é viver assim.

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Solange Nascimento, 40 anos, foi diagnosticada com doença celíaca aos 34. Ela faz parte da ACELPAR – Associação de Celíacos do Paraná.  Na entrevista abaixo ela nos conta um pouco sobre a rotina e as principais dificuldades enfrentadas pelos celíacos.

-Como foi diagnosticada com doença celíaca e quais eram os sintomas?

Minha irmã apresentou os sintomas e fui diagnosticada por consequência de exames em familiares. Sintomas: constipação, estufamento, osteopenia, dores nas juntas.

 -O que mudou na sua rotina? E na da sua família?

Como já tinha irmã celíaca em casa tudo já era sem glúten. O mais complicado é comer fora de casa, temos que tomar cuidado, mas dá para se adaptar.

 -Falando nisso como é para comer fora de casa?  Quais as principais dificuldades?

Tem que perguntar tudo antes de consumir o alimento, se tem caldo de carne, se estão engrossados com trigo, se tem amaciante na carne etc… A maior dificuldade é ir a um local e encontrar comidas sem contaminação cruzada, além de achar opções nos restaurantes.

 -Em relação à alimentação o que não falta na bolsa de uma pessoa celíaca?

 Já existem barrinhas, biscoitos que podemos levar na bolsa.

 -Você se sente segura em consumir um alimento industrializado se baseando apenas pela informação do rótulo “contém glúten ou não contém glúten”?

Dependendo do produto não, às vezes leio os ingredientes para ter certeza. Tento comprar produtos de empresas confiáveis ou de renome para ter mais confiança nas informações do rótulo.

 -Já teve algum problema por consumir um alimento acreditando que não tinha glúten? Os sintomas são imediatos?

Sim. Só estufamento é imediato, pois não tenho diarreia.

 -Como é a postura das indústrias de alimentos com este público?

O interesse é só por parte de empresas que produzem alimentos específicos sem glúten, no geral quase não há interesse em ter linha especial sem glúten na produção.

 -De quais produtos sente mais falta? E o que gostaria que a indústria desenvolvesse?

Sinto mais falta de pão francês, croissant. Gostaria de alimentos prontos para consumo como empadões,  lasanhas, quiches etc..

-Como é o acompanhamento médico?

Faço anual com gastroenterologista.

-Qual a importância de fazer parte de associações ou grupos de apoio?

 Auxiliar as pessoas recém-diagnosticadas, fazer valer nossos direitos perante a sociedade, conseguir benefícios e segurança para os celíacos. 

 -Deixe uma mensagem para pessoas que acabaram de ser diagnosticadas.

 No início parece o fim do mundo, porém quando se descobre que existem opções sem glúten que substituem a alimentação ou quando se aprende a fazer os alimentos com as farinhas preparadas é só uma questão de adaptação.

 Agradecimento especial a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (www.fenacelbra.com.br).

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