Principais pontos da ISO/TS 22002-1 e documentação recomendada – PARTE 3

3 min leitura

Sua empresa está com o objetivo de implementar o esquema FSSC 22000 e você não sabe por onde começar? A ISO/TS 22002-1 ainda é desconhecida? Então esta sequência de 6 posts é para você!  Clique nos links para ler a parte 1 e a parte 2 desta sequência de posts.

Mas atenção! Este post é para ser apenas um auxilio durante o estudo da especificação técnica. Para a implementação na unidade, cada requisito deve ser avaliado com carinho e profundidade pela equipe de segurança de alimentos. Como estão as reuniões da equipe? Não deixe de comentar!

No post de hoje abordaremos as seções 9, 10 e 11 da ISO/TS 22002-1. Bom estudo!

Seleção e gestão de fornecedores

  • Fornecedores tem que ter capacidade de atender os requisitos especificados;
  • Deve haver um processo definido para a seleção, aprovação e monitoramento de fornecedores;
  • Avaliação da habilidade do fornecedor em atender as expectativas em termos de segurança de alimentos, requisitos e especificações;
  • Descrição de como os fornecedores são avaliados;
  • Monitoramento do desempenho de fornecedores para garantir a continuidade do status de aprovação;

Procedimento: Qualificação e monitoramento de fornecedores.

Registro: Evidência de atendimento aos requisitos de qualificação e monitoramento.

Requisitos para o recebimento de materiais

  • Verificação dos veículos de entrega antes e durante o descarregamento;
  • Os materiais devem ser inspecionados, analisados ou cobertos por certificados de análise antes de sua aceitação, liberação e uso. O método de verificação deve ser documentado;
  • Procedimento documentado para materiais não conformes;
  • Pontos de acesso às linhas e sistemas de recebimento de materiais a granel devem ser identificados, tampados e trancados. O descarregamento em tais sistemas deve acontecer somente após aprovação e verificação do material a ser recebido.

Procedimento: Controle de produto não conforme.

Registro: Check list de recebimento, inspeção e liberação de insumos.

Contaminação cruzada microbiológica

  • Áreas onde houver potencial para contaminação cruzada microbiológica, devem ser identificadas e um plano de segregação (zoneamento) deve ser implementado;
  • Uma avaliação dos perigos deve ser conduzida para determinar as fontes potenciais de contaminação, suscetibilidade do produto e medidas de controle adequadas para essas áreas, tais como:
  1. Separação de matérias-primas (ou produto cru) de produto acabado ou pronto para o consumo;
  2. Segregação estrutural – barreiras físicas, paredes ou prédios separados;
  3. Controle de acesso com requisitos de troca de uniformes;
  4. Identificação das áreas de circulação ou segregação de equipamentos – pessoal, materiais, equipamentos e ferramentas (incluindo o uso de ferramentas dedicadas).
  5. Diferencial de pressão do ar.

Documento: Mapa ou descrição de zoneamento.

Gestão de alergênicos

  • Alergênicos presentes nos produtos, tanto por fazer parte da formulação ou por potencial contaminação cruzada no processamento, devem ser declarados;
  • Os produtos devem ser protegidos de contaminação cruzada não intencional através de limpeza e práticas adequadas de trocas ou sequenciamento de produção;
  • Retrabalho contendo alergênicos somente pode ser utilizado em produtos que contém o mesmo alergênico na formulação, ou através de um processo que demonstre que há remoção ou destruição do material alergênico;
  • Manipuladores de alimentos devem receber treinamentos específicos em conscientização sobre alergênicos e práticas de fabricação correlatas.

Procedimento: Gestão de alergênicos.

Registro: Controle do uso de retrabalho; registro de limpeza após manipulação de alergênicos.

Contaminação física

  • Política de vidros com inspeções periódicas e procedimentos definidos em caso de quebra devem ser implementados;
  • Materiais quebráveis devem ser evitados onde for possível;
  • Registros da quebra de vidros devem ser mantidos;
  • Baseadas na análise de perigos, medidas devem ser implementadas (Ex: Proteção de equipamentos ou recipientes para produtos ou materiais expostos; uso de telas, peneiras, separadores magnéticos ou filtros; detectores de metal e raio-X).

Procedimento: Política de vidros e plásticos duros.

Registro: Quebra de vidros.

Limpeza e sanitização

  • Monitoramento e avaliação de eficácia dos programas de limpeza e sanitização;
  • Os agentes químicos de limpeza e sanitização devem ser claramente identificados, serem de grau alimentício, armazenados separadamente e usados somente de acordo com as instruções do fabricante;
  • Os utensílios e equipamentos devem ser de desenho sanitário e mantidos em condições que não apresentem uma potencial fonte de material estranho;
  • Validação dos programas de limpeza e sanitização;
  • Os programas de limpeza ou sanitização devem especificar, no mínimo:
  1. Áreas, itens de equipamentos e utensílios a serem limpos ou sanitizados;
  2. Responsáveis pelas tarefas especificadas;
  3. Método de limpeza ou sanitização e frequência;
  4. Arranjos de monitoramento e verificação;
  5. Inspeção pós-limpeza;
  6. Inspeções pré-partida de linha.
  • Sistemas CIP devem ser separados das linhas de produção operantes.
  • Os parâmetros para o sistema CIP devem ser definidos e monitorados (incluindo tipo, concentração, tempo de contato e temperatura de qualquer químico usado).

Procedimento: Higienização das instalações físicas, equipamentos, móveis e utensílios.

Registro: Limpeza (Higienização).

Documento: Relatório de validação de limpeza (higienização).

Fonte de imagem: ISO.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Todos os textos são assinados e refletem a opinião de seus autores.

lorem

Food Safety Brazil Org

CNPJ: 22.335.091.0001-59

organização sem fins lucrativos

Produzido por AG74
© 2020, Themosaurus Theme
Compartilhar