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Cientistas brasileiros criam novo equipamento para descontaminação de alimentos por plasma frio

6:00 am, 21 de maio de 2020 em Inovações e novidades

Nos últimos 10 anos, houve um aumento expressivo de estudos científicos que utilizaram e testaram a tecnologia do plasma frio. Você não sabe o que é isso? Calma que vamos explicar no decorrer do post. Mas saiba que há um equipamento de descontaminação de alimentos utilizando esse processo que foi patenteado por um grupo de brasileiros.

Na área de segurança e preservação de alimentos, a necessidade de alternativas e tecnologias eficientes de desinfecção encontrou no plasma frio uma opção para ser explorada. Na área de processamento de alimentos, os cientistas descobriram diversas e interessantes alternativas não apenas para modificar componentes alimentares como proteínas, açúcares ou amido através do processamento a plasma frio, para fins específicos, mas também para manter as características frescas de muitos produtos ou até melhorar atributos como o conteúdo nutricional.

Vamos começar então pelo o que é o plasma frio. O plasma frio consiste em um gás ionizado, que é criado submetendo um gás neutro a uma voltagem específica. Este gás contém moléculas reativas de nitrogênio, oxigênio e ou argônio. Uma vez ionizado, estes gases podem causar danos ao exterior das membranas dos microrganismos e, ao romper essas membranas, os microrganismos acabam morrendo.

O processamento a plasma frio tem sido utilizado para esterilização, funcionalização, inativação de enzimas, alteração das propriedades hidrofílicas ou hidrofóbicas, ataque químico ou deposição de filmes, etc. Por exemplo: algumas pesquisas comprovam a obtenção de uma cor vermelha mais agradável em salsichas, costela bovina e lombo defumado com o uso de plasma frio. Nos testes, não houve aumento na oxidação destes produtos e também não foi detectada nenhuma genotoxicidade.

Pesquisas também analisaram o tratamento com plasma frio durante a preparação do presunto, embalado como alimento enlatado. A concentração de nitrito aumentou e não houve alteração no pH ou na contagem microbiológica de aeróbios, além do presunto possuir um sabor mais agradável.

O tratamento com plasma frio também pode ser utilizado para purificar a água. Neste caso, formam-se ligações reativas de oxigênio, além de uma série de ligações de nitrogênio (nitratos e nitritos). Com isso, pode-se usar água tratada com plasma para preparar produtos à base de carne. A água normalmente usada durante o preparo da carne (salmoura para injeção ou imersão, gelo para recheio) pode ser substituída pela água tratada com plasma, criando novas oportunidades.

A invenção que citamos no início deste post refere-se a um método de descontaminação por plasma frio de produtos alimentícios embalados a vácuo, criado na UNICAMP e disponibilizado pela equipe Parceria Plasmáticos, composta por Reverson F. Quero (engenheiro químico com doutorado em Química Analítica – Unicamp e integrante do Grupo de Eletroforese e Microsistemas de Análise – GEM), Paulo A. do Nascimento (engenheiro agrônomo, USP, colaborador do projeto de consultoria para o IBAMA) e Lhwan Philippe Silva (físico, Unicamp, integrante do Grupo de Plasma Atmosférico DBD e Espectroscopia – GER), no Programa Inova Campinas.

A tecnologia patenteada compreende as seguintes etapas: a) Inserir o alimento, já embalado a vácuo, em um reator de plasma, que compreende uma câmara de vácuo; b) Despressurizar o sistema de forma a fazer vácuo no dito reator até que a pressão do reator tenha um valor inferior à pressão interna da embalagem de forma a inflar o interior da embalagem do alimento; c) Descontaminar o produto embalado por meio de descarga de plasma; d) Pressurização do sistema com gás inerte por meio de introdução de gás inerte até pressão ambiente; e) Remover o produto descontaminado do reator.

O grupo conseguiu a patente do equipamento e agora precisa de empresas interessadas para trazer a ideia à realidade. Se você se interessou por essa nova tecnologia, preencha um formulário clicando aqui.

Imagem: plasmaunb.weebly.com/blog

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  • Jacqueline Navarro
  • Jacqueline Navarro


Pós-graduanda no programa de Ciência dos Alimentos/USP, trabalha com compostos fenólicos e capacidade antioxidante de frutas nativas da mata atlântica. Bacharel em Química de Alimentos pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), atuou na indústria de alimentos em inovação e da gestão da qualidade. É professora voluntária na ONG Cidadão Pró Mundo.

Comments

    • Avatar
    • Claudeni Batista do Nascimento

      21 de maio de 2020 at 10:29 am
    • Responder

    Parabéns pelo projeto.
    Muito rica as informações.
    Adorei!

    Sou Nutricionista.
    Graduada pela Unifacisa( Universidade de Ciências Médicas), PB.


      • Jacqueline Navarro
      • Jacqueline Navarro

        30 de maio de 2020 at 8:31 am
      • Responder

      Olá Claudeni, tudo bem?

      Uma nutricionista, que legal!


    • Avatar
    • Joelma

      21 de maio de 2020 at 3:32 pm
    • Responder

    Maravilha, pesquisa extremamente importante..


      • Jacqueline Navarro
      • Jacqueline Navarro

        25 de maio de 2020 at 9:03 am
      • Responder

      Olá Joelma, tudo bem?

      Pesquisa importante e nacional.



Reply Joelma

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