• logo


logo

  • Home
  • Sobre
    • Regras para publicação
  • Colunistas
    • Ex-Colunistas
  • Eventos
  • Contato
loading...
  • Post
  • Similar Posts

Como atender aos requisitos de competência de segurança de alimentos?

6:14 am, 25 de novembro de 2014 em Fator RH

Em todos os quatro elementos-chave de um SGSA (ver questão 2 – o que é competência em segurança de alimentos?) enxergamos a necessidade tanto de competências técnicas quanto gerenciais e comportamentais. É de se esperar, portanto, que essas competências não sejam desenvolvidas somente através de treinamento e educação, mas também através de relacionamentos e experiência. Há um consenso geral de que o treinamento representa uma porção pequena do desenvolvimento de competências quando comparado ao  coaching e à experiência provida pelo tempo de trabalho. Esse conceito se aplica perfeitamente quando nos referimos às competências gerenciais e comportamentais. No entanto, é importante observar, pela especificidade dos temas vistos anteriormente, que no caso das competências técnicas, treinamento e educação na verdade podem ter um peso igual ou até maior, do que outras ações de desenvolvimento. Se tomarmos a engenharia higiênica, por exemplo, veremos que trata-se de um tema bastante complexo e que deve ser de conhecimento de áreas diversas na organização (engenharia, manutenção, produção e qualidade, no mínimo). Tal conhecimento, não se obtém somente por coaching ou experiência, mas também por treinamento e educação profundos sobre o tema. Se um engenheiro de projetos trabalha por vinte anos em uma indústria que desconhece e desrespeita conceitos básicos de projeto sanitário, não será o tempo de trabalho nessa indústria que irá desenvolver sua competência sem um treinamento adequado sobre o tema. Isso sem contar os temas emergentes, que exigem uma reciclagem constante de conhecimentos (Ex. vírus em alimentos, migração de contaminantes químicos por materiais de contato e outros tantos)

O problema é que normalmente se associa treinamento somente a um grupo de pessoas sentado em uma sala em frente a um instrutor com um projetor e uma bonita apresentação em Power Point. Como o tempo das pessoas é um recurso cada vez mais difícil de ser obtido, em muitos casos os treinamentos necessários simplesmente não acontecem. Em função disso os métodos de treinamento devem constantemente ser adaptados a necessidades diversas dentro da organização. Métodos mais dinâmicos e adaptados, à realidade da organização deveriam ser introduzidos constantemente. Além disso, treinamentos especializados podem estar disponíveis através de  associações, universidades e empresas externas, mas deve-se sempre pesquisar a fundo as qualificações e reputação destas organizações antes de contratar um treinamento, que muitas vezes pode ter um custo bastante significativo.

Tradicionalmente, para se definir quais treinamentos (ou outras ações de desenvolvimento) devem ser adotados há alguns passos básicos a serem seguidos:

– Identificar as competências técnicas e gerenciais / comportamentais que a organização pode necessitar (curto e longo prazo) de acordo com sua missão, sua visão, sua estratégia, sua política e seus objetivos de segurança de alimentos. Essa identificação deve ser realizada no âmbito da organização e cascateada para o âmbito de processos e individual, incluindo qualquer função que possa afetar cada um dos elementos-chave da segurança de alimentos, conforme discutido anteriormente

– Identificar as competências atualmente disponíveis na organização e as lacunas de competência

– planejar e implementar ações para eliminar essas lacunas de competência

– avaliar a eficácia das ações para assegurar que as competências necessárias foram adquiridas e que estão sendo mantidas ao longo do tempo.

Adicionalmente é importante lembrar outros atributos como comportamentos, conscientização e comprometimento com a segurança de alimentos que também fazem parte dos aspectos de competência, quando a definimos como “a habilidade de produzir alimentos seguros” (conforme nosso post introdutório sobre competência em segurança de alimentos). Para se desenvolver estes atributos alguns aspectos incorporados à gestão devem estar claramente atrelados ao desenvolvimento de competências como:

– introdução de sistemas de reconhecimento, baseada na avaliação tanto dos objetivos individuais quanto da globais da organização associados à segurança de alimentos;

– estabelecer sistema eficaz de mensuração das competências atuais de maneira a prover um melhor planejamento do desenvolvimento pessoal e profissional do colaborador;

– continuamente rever o nível de satisfação e necessidades e expectativas do pessoal e

– prover oportunidades constantes de mentoring e coaching.

Devemos lembrar sempre, além de todo o exposto anteriormente, que a retenção de talentos é um fator fundamental à manutenção da competência da organização como um todo em segurança de alimentos. E uma questão de sobrevivência prover um ambiente de trabalho que estimule o crescimento, aprendizagem, transferência de conhecimento e trabalho em equipe e que propague a importância em se produzir alimentos seguros, sempre.

 

Post Views: 311
Compartilhar

  • Post Icon
  • Fernando Ubarana
  • Fernando Ubarana


Fernando Ubarana é Engenheiro de Alimentos, formado pela UNICAMP e especializado em Qualidade e Produtividade pela Fundação Vanzolini – USP. Profissional extremamente atuante na área de qualidade e segurança de alimentos, prestando serviços de consultoria, auditoria e treinamento em sistemas de gestão da qualidade e segurança de alimentos e outras normas relacionadas à cadeia produtiva de alimentos. Foi um dos auditores líderes registrados precursores em sistemas de gestão de segurança de alimentos e primeiro tutor líder no Brasil do curso registrado pelo IRCA de formação de auditores líderes na Norma ISO 22000. Mais de quinze anos de experiência na área, atuando atualmente na indústria, com foco no gerenciamento da segurança de alimentos.

Comments

    • karin
    • karin

      26 de novembro de 2014 at 4:05 pm
    • Responder

    Muito Bom


    • Juliana Levorato
    • Juliana Levorato

      26 de novembro de 2014 at 6:41 pm
    • Responder

    Execelente abordagem sobre o assunto!


    • Avatar
    • Silvana Chaves

      26 de novembro de 2014 at 9:40 pm
    • Responder

    Muito bom Fernando! Muito bom…


    • Avatar
    • Jessica

      25 de abril de 2016 at 12:54 am
    • Responder

    Me ajudou, grata.


    • Avatar
    • Gabriel Rosa de Oliveira

      16 de agosto de 2018 at 10:03 pm
    • Responder

    Baita texto! Gostaria de ter uma oportunidade para conversarmos nem que seja por 10min, seria magnífico!!!!



Reply Juliana Levorato

Cancelar resposta


  • FOOD SAFETY BRAZIL

    Não foi possível enviar seus dados, verifique sua conexão com a internet e tente novamente.
    Seu e-mail foi cadastrado com sucesso!
    Captcha obrigatório
    • Tudo o que você sempre quis saber sobre medidas de controles de perigos à segurança dos alimentos – Perigos físicos

      Neste segundo post da série, abordaremos as medidas de controles (MC) através dos métodos para proteção de alimentos por barreiras físicas contra corp... leia mais

    • Medidas de controles de perigos biológicos à segurança dos alimentos

      Neste 1º post da série, abordaremos as medidas de controles (MC) por métodos para conservação de alimentos, que se baseiam na destruição total ou parc... leia mais

    • O uso de madeira em contato com alimentos é seguro?

      O uso da madeira em contato com alimentos é muito questionado considerando o risco de contaminação microbiológica em comparação com superfícies lisas ... leia mais

    • A RDC 331/2019 e a IN 60/2019 entraram em vigor em 26 de dezembro de 2020. E agora?

      Aqui no Blog Food Safety Brazil postamos ao longo de 2020 várias matérias sobre a revogação da RDC 12 de 2001 de padrões microbiológicos para alime... leia mais

  • Assuntos

    • Alergênicos (163)
    • Aprendi Hoje (357)
    • Boas práticas de fabricação (161)
    • BRCGS (20)
    • Dedo Podre (28)
    • Dicas Vencedoras (207)
    • Entrevista (64)
    • Eventos (106)
    • Fator RH (80)
    • Feed Safety (9)
    • Ferramentas de gestão (65)
    • Food Safety no Mundo (184)
    • FSSC 22000 (117)
    • Galeria de Fotos (22)
    • HACCP (66)
    • História e Datas (50)
    • Humor (28)
    • IFS (16)
    • Inovações e novidades (63)
    • Juliane Dias (7)
    • Legislação (269)
    • Meu olhar (55)
    • Normas de certificação (196)
    • Para Consumidores (187)
    • Patrocinador (40)
    • Perigos biológicos (174)
    • Perigos físicos (37)
    • Perigos químicos (101)
    • Pesquisas (93)
    • Projeto Sanitário (55)
    • Quem somos (1)
    • Traduções (21)
    • Uncategorized (6)
    • Virais do Facebook (26)

  • Ultimos posts

    • Tudo o que você sempre quis saber sobre medidas de controles de perigos à segurança dos alimentos – Perigos físicos
    • Medidas de controles de perigos biológicos à segurança dos alimentos
    • O uso de madeira em contato com alimentos é seguro?
    • A RDC 331/2019 e a IN 60/2019 entraram em vigor em 26 de dezembro de 2020. E agora?
    • O perigo de consumir peixes com alto teor de mercúrio durante a gravidez
  • Tags de conteúdos

  • alergênicos APPCC boas práticas de fabricação BPF food safety fraudes em alimentos FSSC 22000 gestão da qualidade e segurança de alimentos HACCP ISO 22000 normas de certificação Salmonella segurança alimentar segurança de alimentos

logo
  • Home
  • Sobre
  • Colunistas
  • Eventos
  • Contato
  • Últimos posts

Siga-nos nas Redes Compartilhe

top



Compartilhar