Calibrado, mas nem tanto.

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Dizem que tudo o que é falado antes do “mas” é anulado pelo que é dito depois. Em poucas ocasiões na vida o “mas” é tão comum como num processo de auditoria. O funcionário foi treinado, mas a eficácia do treinamento não foi realizada. A ação corretiva foi aplicada, mas o registro não foi preenchido. Os recursos necessários à operação eficaz do sistema foram previstos, mas não providos conforme planejado.

 Quando se trata de calibração de dispositivo de medição e monitoramento, o fantasma do “mas” paira sobre auditores e auditados. Especialmente quando o serviço é terceirizado.

 Passado o nervosismo inicial, auditores e auditados já se sentem parceiros no levantamento de evidências de que o sistema de gestão está consolidado e é eficaz. E quando o auditor pergunta “este instrumento é calibrado?”, o certificado de calibração se faz acompanhar de um sorriso do tipo “ganhamos uma conformidade”. Sorriso que diminui quando o auditor pergunta “vocês analisaram o certificado para verificar se a incerteza é adequada?”. E que desaparece completamente quando finalmente você pergunta “que critério de aprovação da incerteza vocês utilizam?”.

 É claro que há raras e honradas exceções. Em alguns poucos casos o certificado de calibração foi analisado criticamente frente à critérios que asseguram que a incerteza não comprometerá significativamente os resultados das medições do processo. São aqueles momentos mágicos em que o sorriso de satisfação do auditor se junta ao sorriso confiante dos auditados

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