Utilização da amostragem como ferramenta gerencial da segurança de alimentos

3 min leitura

O III Workshop Food Safety Brazil aconteceu em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. Como a própria credencial descrevia, ele contou com palestrantes qualificados, assuntos inovadores e o conforto da serra.

Logo na primeira manhã (08 de Junho), Prof. Dr. Eduardo Tonto palestrou sobre amostragem como ferramenta gerencial. Em minha concepção, o professor iniciou o tema de maneira inusitada, falando sobre o fluxo comercial.

amostragem 1

Imagem: Revista Vestibular Uerj 

Olhem só quantas oportunidades de desenvolver a segurança de alimentos!!! O mundo tem 7 bilhões de habitantes, 207 países reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) com 10.645 fluxos de comércio.

E neste contexto temos como SGSE ( …. ):

  • Boas Práticas de Fabricação (BPF) e Boas Práticas (BP): práticas de higiene para prevenir a contaminação de alimentos;
  • Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle (APPCC): sistema ativo e preventivo que pode atuar na segurança e na qualidade de alimentos;
  • Análise de Risco: é a base para a tomada de decisões nos acordos internacionais de comercialização de alimentos.

Em 1974 a Comissão Internacional de Especificações Microbiológicas para Alimentos (ICMSF) foi a primeira a estabelecer orientação para amostragem em segurança de alimentos, sendo essa diretriz adotada por governos e pelo Codex Alimentarius. Se você quiser se aprofundar mais, existe um post no blog que é super completo para entender todo o contexto: Análise microbiológica de alimentos: importância do plano de amostragem.
Quando focamos as BPF, entendemos que as amostras podem ser coletadas para verificar a adequação de superfícies em contato com os alimentos. Essa avaliação quantitativa pode ocorrer por swab, técnica amplamente difundida e também por bioluminescência (veja figura abaixo):

 

amostragem 3

Imagem: Aboatox

Infelizmente, não há padrão brasileiro para avaliação de superfícies que entram em contato com alimentos e nem para mãos de colaboradores, mas podemos nos basear em recomendações internacionais de órgãos como Organização Mundial da Saúde, Organização Panamericana de Saúde e American Public Health Association.

Já no APPCC, temos os 7 princípios e eles são: Princípio 01 – Identificação e avaliação dos perigos; Princípio 02 – Identificação dos Pontos Críticos de Controle; Princípio 03 – Estabelecimento dos Limites Críticos; Princípio 04 – Estabelecimento dos Procedimentos de Monitoração; Princípio 05 – Estabelecimento das Ações Corretivas; Princípio 06 – Estabelecimento dos Procedimentos de Verificação; Princípio 07 – Estabelecimento dos Procedimentos de Registro.

Dentre todos esses passos, podemos usar a análise microbiológica nos números 1 e 6, pois nestes casos temos um tempo maior para analisar todo o sistema. A análise de risco deve ter uma amostragem gigantesca, pois assim é possível ver a realidade e construir cenários.

Como conclusão da palestra, notamos que a amostragem é fundamental. Quanto mais amostras, melhor é sua representatividade, e essa amostragem pode ser usada de diferentes maneiras dependendo da sua SGSA.

O evento reuniu cerca de 100 participantes e quem não conseguiu ou não pôde participar tem a oportunidade de acompanhar a cobertura pelos posts dos colunistas e o acesso aos slides já foi disponibilizado no próprio blog

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